As carvoarias e o trabalho escravo - final

Aqui não tem datena, milton neves nem alborghetti, mas o nosso compromisso é com a verdade. E foi por isso mesmo que fomos lá cutucar o pessoal do Carvão São José, por conta daquela tal lista do trabalho escravo que o Ministério do Trabalho divulgou na internet.

Se você perdeu as cenas dos últimos capítulos, fazemos logo abaixo um resumão da coisa:


  1. Descubro uma lista da MT com empresas pegas com trabalhadores em escravidão;
  2. Acho na lista o nome "Carvão São José", homônimo ao carvão que mais compro pros meus churrascos;
  3. Confiro o CNPJ divulgado com o existente no saco de carvão - não são iguais;
  4. Pergunto ao Carvão São José, aquele que eu costumo comprar, se são eles mesmos;
  5. Recebo a resposta.
Pois é, recebi a resposta do pessoal do Carvão São José. Confesso que me deu um frio na barriga quando o e-mail pingou aqui na minha caixa de entrada. E foi com o focinho baixo que abri a mensagem e comecei a ler o texto.

Foi quando os sinos tocaram, o céu se abriu e abriram-se as portas da esperança: eu recebi a resposta que, honestamente, eu esperava.

A resposta foi rápida e esclarecedora. Trata-se de uma infeliz, muito infeliz coincidência. O Carvão São José que conhecemos nada tem a ver com tal carvoaria homônima e sem-vergonha no que tange o trato com os trabalhadores. O Carvão São José que conhecemos produz seu carvão no interior de SP há mais de 50 anos, e todo o processo que acontece desde a sementinha de eucalipto até a brasa vermelhinha debaixo da nossa carne ocorre dentro do script das coisas mais batutas e bacanas.

Tirando a parte do "debaixo da nossa carne", porque você pode ter lido uma receita de picanha com figo no site da ana maria braga, e aí, amigo... o carvão vale mais que a carne.

Fica aqui nosso mais sincero agradecimento ao José Roberto de Freitas Veríssimo, que nos prestou o devido esclarecimento em nome do Carvão São José.

Fica, também, registrado o nosso alívio. Afinal, Carvão São José, nós gostamos de você.

Abaixo, o e-mail que recebi com a reconfortante resposta:

Daniel,boa tarde


Com certeza,trata-se de uma infeliz coincidencia,pois nossa produção de carvão esta localizada no interior de São Paulo há mais de 50 anos,onde trabalhamos apenas com floresta de eucalipto sustentável e não damos empregos à menores de idade.


Agradecemos a preferencia pelo nosso produto e desculpa pela demora da resposta,um abç



José Roberto de Freitas Veríssimo

Sendo assim, o Repórter na Grelha finaliza mais essa história com um final feliz.

Acesse: www.carvaosaojose.com.br

Comentários

  1. Bom desfecho pra saga do carvão!

    Seguinte, meu caro... ontem fiz duas receitas que você postou aí: a do drumet na maionese e a costelinha no barbecue. Show de bola! Foi na churraca elétrica, pois deu preguiça de ir no clube nesse domingão, mas mesmo assim deu muito certo.

    Agora farei uma "encomenda de post". Queria que você falasse dos cortes bife ancho e bife de chorizo... eu sei que são partes do contra-filé, mas nada muito além disso. E outra coisa: que diabos é o tal "filé argentino"? Um dos açougueiros do açougue mais legal daqui de Curitiba me falou que é contra-filé de gado argentino e que daí a gordura é toda concentrada em cima da carne, diferente dos nossos queridos bovinos tupiniquins, onde a gordura fica no meio também. Será verdade? Tenho dúvida porque o mesmo cara (pra minha decepção, já que eu vou nesse açougue justamente porque a carne é sensacional e o atendimento também) me disse que não existe isso de ancho, chorizo etc... que é tudo contra-filé e que a galera fica inventando nome...

    Assuma o seu papel de guru churrasqueiro e esclarecepra mim (e pra quem mais interessar)as dúvidas... heheheh

    abraço

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  2. Falae André, beleza?

    Po, que legal que fez as receitas, fico feliz. Essas churraquinhas elétricas funcionam bem, né? Tenho uma dessas no apartamento da praia, no começo eu não dava nada pra ela, mas agora, até costela eu faço.

    Gostei da sua "solicitação". É um bom assunto pra tratar, vou pesquisar e escrevo aqui.

    Pra falar a real, acho mesmo que é tudo contra-filé, e o que muda é o corte da carne. Mas vou fazer uma pesquisa legal e escrevo melhor sobre isso.

    Abração
    Daniel Rodrigues

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