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Sob nova direção


Já começo este post no melhor estilo Gato na Grelha, que você já conhece desde os idos de 2009: mentindo. Aqui a coisa funciona assim: a gente mente na cara dura e você que se amalandre pra não cair na nossa conversa.

A parada é que não tem nada aqui sob nova direção. Esta porcaria tem dono e vocês vão ter que me engolir [\zagallo]. Um dono malemolentemente relapso, mas tem um dono.

Isso aqui é praticamente um cachorro de mendigo: tá mal cuidado, tá pulguento, tá com fome, toma chuva e dorme no papelão, mas não larga o dorme-sujo de jeito nenhum. E por muito mais de 10 anos esse pulguento aqui tem perambulado atrás de mim, pedindo um pouco de atenção e um osso de galinha de vez em quando.

Logo, eu e essa casa muito engraçada sem teto e sem nada nos amamos. Aí essa coisa toda de amor escoando pelas ventas me coloca numa situação decerto delicada. Porque eu amo isso aqui.

Aí você, o mais amado dos leitores, vem até aqui e lê as mal colocadas colocações que escrevo sem o menor compromisso com o bom português. Nem com a verdade.

E quando você lê o Gato na Grelha, o Gato na grelha te ama. O cachorro, no caso, é o Gato na Grelha. Gosto de acreditar que tenha exercitado esse seu neurônio malfalado nos ultimos 10 anos e esteja entendendo o meu pensamento.

Só que se eu amo o Gato na Grelha e o Gato na Grelha te ama, eu fico com ciúmes de você.

De você e de outros dois milhões, cento e nove mil, quatrocentos e setenta e cinco outras pessoas. Tomei este susto quando vi as estatísticas do blog nesta linda manhã de domingo. 

O que me coloca numa situaçõa mais delicada ainda.

E pensando em mulheres, dinheiro e iate servir bem pra servir sempre, aliado a um conjunto de fatores tranquilos e favoráveis, me fizeram sentir vontade de despejar meus mais desconexos pensamentos gastronômicos aqui novamente. E aqui estamos de volta.

Antes de entender porque voltamos, seria justo que gente mentirosa como nós aproveitássemos o sublime momento pra  expor alguns fatos. E lá vão eles:

- Eu escrevia aqui com bastante frequencia, porque eu tinha uma vida e uma rotina bastante propícias para isso.

- Só que a minha vida, nem sempre sob meu comando navegou por mares nunca dantes navegados e aí ficou impossível dar andamento a esta nada nobre obra literária.

- Churrasco, pra mim, virou raridade. Escrever sobre churrasco, então... nem em sonho.

Como deve se portar todo mendigo de bem, continuei me alimentando mal e fazendo uso abusivo de álcool e outras substâncias que se encontram à venda em todo boteco porco que se preze.

E o excesso de cerveja vagabunda, torresmo, ovo rosa, bolovo e salsicha à milanesa me deixaram doente.

Doente pra caraio. E essa parte aqui não é mentira não.

Fiquei doente de ficar amigo do enfermeiro da UTI. De saber o número do prontuário de cor. De saber nome de remédio além da Dipirona. De se ferrar grandão.

De fazer um transplante de fígado.

Isso não é mentira. Aqui a gente mente a rodo, mas sempre avisa quando tá mentindo. 

Então este que vos escreve é um ser sem dinheiro, sem moral e que não é dono nem do próprio fígado.

Se você acha que dá pra manter amizade com gente assim, continua aqui. Se não confia e se não continar lendo o Gato na Grelha, meu amigo dono do meu fígado vai puxar o seu pé. Esse cara é parceiro, tipo um anjo da guarda só que ao contrário. 

Ele teve a linda e bondosa idéia de avisar a família que gostaria de doar seus órgãos. Eu tava lá na UTI num estado deplorável precisando de um. Batemos um papo legal, assinamos o DUT e agora ambos partilhamos de um fígado semi-novo.

Talvez em posts anteriores eu tenha falado sobre judiar do figão ou algo do tipo. Eu tava falando do outro fígado, tá? Aquele foi pra universidade ser estudado pelos alunos por algum professor que mostra que não se deve fazer cagada com a própria saúde a ponto de seu fígado parecer um pacote de whiskas sachê.

Eu falo bem do meu fígado semi-novo. Meu amigo aqui tem a vaidade dele, né? Sempre bom dar aquela enaltecida nos amigos. Ainda mais um que salvou a sua vida.

Aproveita e fala pra sua família que você também quer doar esse seu corpinho gostoso. Recomendo doar apenas somente após a morte, ok? Mas não perde a chance de fazer alguma coisa que preste e doa isso tudo aí. Você salva umas 8 vidas e fica todo mundo feliz. Menos você que morreu, mas melhor doar do que deixar pra minhoca comer, ok?

Tá dada a dica. 

Voltando ao ponto, eu dizia que a gente - eu e ele, gostamos de loucas aventuras e de meter a cara no fogo. Tem risco? Tou dentro, é o que diz meu parceiro aqui. Como eu também digo, decidimos juntos que era a hora de retomar a vida de churrasqueiros e preparar muita carne e todo tipo de guloseimas pra você.

Como minha vida acabou virando uma democracia onde eu e ele temos que decidir tudo juntos, nós resolvemos mudar algumas diretrizes aqui nesta espelunca.

Vem comigo que eu te conto:

Ana Maria Braga
Outrora muito sacaneada aqui, não mais será. A partir deste momento, dona Ana vira nossa musa, nossa inspiração, nossa Deusa. 

Primeiro que ela virou uma senhorinha e não fica mais inventando sorvete de creme com picanha na TV. Ela se limita a falar - sem mexer a boca - suas mensagens motivacionais toda manhã. 

"ACORDA ALZARENTO ESCOVA ESSES DENTE SENÃO EU TE CUBRO DE PORRADA". Minha mãe era muito mais eficiente em motivar a rapazeada logo pela manhã, mas a dona Ana tá fazendo o melhor que pode. Merece respeito.

Agora falando sério, eu passei perrengues inomináveis no meu transplante, e sei o que é vencer uma doença. ou enfrentar de peito aberto. E a Ana Maria Braga venceu não um, mas DOIS cânceres. E depois de tudo o que eu passei, não posso não apoiar e respeitar uma lutadora assim. 

Respeito define.

Gatos
A vida, esse jumento desembestado ca gente nas costa é um bicho tão dois que eu, que nunca tinha tido gato, agora tenho um monte. E contando.

O principal e queridão aqui é o Whisky. Um gato absolutamente maluco que protagoniza altas fanfarrices numa casa muito louca. Vocês ouvirão muito falar dele.

A irmã dele é a Tequila. Acho que esses nomes dão uma dica de porque eu fiz um transplante de fígado. Enfim. 

A Tequila é uma gatinha linda, gordinha, manhosa e tagarela. Não é louca como o Whisky, mas é louca de outra maneira. Vocês ouvirão falar dela.

Tem o Gerente, um gato que invadiu a minha oficina e resolveu morar lá. O Gerente é um gato barrigudo, vesgo, rabo curto mas muito simpático. Esse vai ser mais presente, uma vez que ele mora onde fica a churrasqueira e às vezes até dorme dentro dela.

Aí no quintal ainda tem a Luna, a Marina, o Frajola, a Pantera e até bem pouco tempo atrás tinha o Cara de Minhoca, que fugiu e nunca mais voltou. Provavelmente atrás de outro mendigo.

Logo, esse blog passa a flertar com o perigo desgovernadamente. Um blog chamado Gato na Grelha, onde a grelha em si vive cercada de gatos.... não vou continuar hahaha.

Quem quer dinheiro?
Durante o perído de ouro deste blog, eu negava todo e qualquer patrocínio pago. 

Um idiota.

Hoje eu vejo que temos mais de 2 milhões de views e já era pra eu estar rico fazendo churrasco nas ilhas Cayman usando nota de cem pra acender o carvão. Mas eu fui burro e continuo pobre.

Então agora vamos ter sim alguns jabás aqui. No mesmo estilo malemolente e sem valores de sempre: se o produto for ruim, a gente desce o pau. 


E pra finalizar, eu não pretendo reescrever coisas antigas daqui. Mas precisamos - todos - ponderar que isso aqui começou a ser escrito em 2009, e muitas regras de comportamento e respeito ao próximo evoluíram, e vejo isso como uma coisa muito positiva.

Sinceramente, preconceito de nenhuma natureza jamais fez parte da minha personalidade, intenções ou ações. Mas hoje, eu não apenas respeito como também defendo ferrenhamente dfierenças e e minorias.

Na real, não deveríamos ser diferentes ou menores. Tudo igual, feito de carne e osso, fazendo cocô e chupando laranja com barulho. 

Na posição de uma pessoa que teve a vida salva por um fígado que veio de um desconhecido, eu me coloco como a última pessoa do planeta a aceitar qualquer tipo de preconceito. 

Afinal, eu não sei quem foi meu doador. Preto, branco, verde, azul, cis, trans, índio, curintiano? Só sei que ele tinha 74 anos e 1,58m. O resto, a lei dos transplantes protege e eu não sei mais nada.

Só que ele fica aqui sussurando aqui no meu ouvido.

Que ele ficou sussurando que era pra eu voltar aqui e desperdiçar o meu mau portugês (com U mesmo) mais uma vez e retomar aquela comunidade tão divertida que criamos. 

Mas tudo com muito, muito respeito.

Doe seus órgãos. E leia o Gato na Grelha :-)

Sejam bem vindos de volta a este antro da pior gastronomia que você vai querer praticar hoje.

É verdade esse bilete.

Kit Maturatta no twitter!

Churrasqueiros e churrasqueiras!!

Quem se lembra do caso antigo da Maturatta? Se você não lembra, senta que lá vem a história: A gente tava aqui cabreiro se a tal Maturatta era maturada ou não, e ficou todo mundo boiando, mais firme que geléia na boca de banguela, quando de repente o gerente de marketing da Friboi chegou chutando bundas e salvou o dia, confirmando que a carne era sim maturada, e que queria ver quem era macho aqui pra duvidar dele, e que se duvidasse era bom dormir de olho aberto e coisa e tal. Gerente bom, esse. Gosto de gente assim.

Mas vamos lá, o motivo deste post não é, exatamente, o gerente, mas sim, a própria Maturatta.

Fui procurado, hoje, pela agência que cuida do marketchim online da Maturatta. A sagaz garota com quem interagi (limpe estes pensamentos impuros a respeito da moça) me contou que haveria um concurso via Twitter, que iria sortear um kit bacanudo e me pediu uma forcinha pra divulgar.

E como eu sei que os leitores desta espelunca são batutas, espertos e matreiros, logo pensei: bora lá contar pra todo mundo!

E assim procedi, ou melhor, estou procedendo.

O concurso é simples: você segue os caras no twitter http://twitter.com/EuAmoChurrasco.
Ok, eu também amo churrasco, então vamos ao próximo passo.

Agora que você seguiu, basta dar um RT do tweet da promoção que você tá dentro. Amanhã, ao meio dia, na ceilândia em frente ao lote 14 que é pra lá que eu vou [/joao de santo cristo] vai rolar o sorteio.

O kit é esse aqui:

Tem avental pra você não sujar a roupa surrada, 4 pratos pra mulherada (homem come com a mão) e 3 copos shot pra você fazer aquele vira de tequila com os amigos, ficar bêbado e dar trabalho pra família toda.

Se algum leitor daqui ganhar, tou confiando que divida, pelo menos, o shot de tequila comigo.

Ah, e pros mais puritanos: eu não estou ganhando nada da agência e nem da maturatta por isso. Embora não ache uma má idéia o pessoal de lá mandar umas picanhas aqui pra casa.

Gerentão, #fikdik.

UPDATE: A promoção já acabou, ja teve ganhador e se foi daqui, quero o meu shot de tequila. 

As carvoarias e o trabalho escravo - final

Aqui não tem datena, milton neves nem alborghetti, mas o nosso compromisso é com a verdade. E foi por isso mesmo que fomos lá cutucar o pessoal do Carvão São José, por conta daquela tal lista do trabalho escravo que o Ministério do Trabalho divulgou na internet.

Se você perdeu as cenas dos últimos capítulos, fazemos logo abaixo um resumão da coisa:


  1. Descubro uma lista da MT com empresas pegas com trabalhadores em escravidão;
  2. Acho na lista o nome "Carvão São José", homônimo ao carvão que mais compro pros meus churrascos;
  3. Confiro o CNPJ divulgado com o existente no saco de carvão - não são iguais;
  4. Pergunto ao Carvão São José, aquele que eu costumo comprar, se são eles mesmos;
  5. Recebo a resposta.
Pois é, recebi a resposta do pessoal do Carvão São José. Confesso que me deu um frio na barriga quando o e-mail pingou aqui na minha caixa de entrada. E foi com o focinho baixo que abri a mensagem e comecei a ler o texto.

Foi quando os sinos tocaram, o céu se abriu e abriram-se as portas da esperança: eu recebi a resposta que, honestamente, eu esperava.

A resposta foi rápida e esclarecedora. Trata-se de uma infeliz, muito infeliz coincidência. O Carvão São José que conhecemos nada tem a ver com tal carvoaria homônima e sem-vergonha no que tange o trato com os trabalhadores. O Carvão São José que conhecemos produz seu carvão no interior de SP há mais de 50 anos, e todo o processo que acontece desde a sementinha de eucalipto até a brasa vermelhinha debaixo da nossa carne ocorre dentro do script das coisas mais batutas e bacanas.

Tirando a parte do "debaixo da nossa carne", porque você pode ter lido uma receita de picanha com figo no site da ana maria braga, e aí, amigo... o carvão vale mais que a carne.

Fica aqui nosso mais sincero agradecimento ao José Roberto de Freitas Veríssimo, que nos prestou o devido esclarecimento em nome do Carvão São José.

Fica, também, registrado o nosso alívio. Afinal, Carvão São José, nós gostamos de você.

Abaixo, o e-mail que recebi com a reconfortante resposta:

Daniel,boa tarde


Com certeza,trata-se de uma infeliz coincidencia,pois nossa produção de carvão esta localizada no interior de São Paulo há mais de 50 anos,onde trabalhamos apenas com floresta de eucalipto sustentável e não damos empregos à menores de idade.


Agradecemos a preferencia pelo nosso produto e desculpa pela demora da resposta,um abç



José Roberto de Freitas Veríssimo

Sendo assim, o Repórter na Grelha finaliza mais essa história com um final feliz.

Acesse: www.carvaosaojose.com.br

As carvoarias e o trabalho escravo - 2 parte

Não vou ficar me alongando muito neste post, pois este está aqui apenas pra registrar que, até agora, não obtive nenhuma resposta do pessoal do Carvão São José.

Fico realmente receoso com este silêncio, que me leva a crer que:
1 -  O Fale Conosco do site deles não presta, pois o e-mail chega, e não tem ninguém pra responder;
2 - Os caras não tem uma resposta pra me dar, o que me entristece demais.

Continuo acreditando que se trata de uma infeliz coincidência. Mas, se a empresa não se defende, não sou eu que vou botar a cara a tapa e fazer qualquer tipo de defesa.

A pulga tá atrás da orelha. E no domingão tem o aniversário de 4 anos do meu filhote, com churras em casa. Ainda não decidi se vou comprar carvão são josé ou não.

As carvoarias e o trabalho escravo

Olha, não tem sacanagem maior que se pode fazer com um trabalhador, do que escravizá-lo. Você tem aí o seu emprego, tem patrão, responsabilidades, méritos e deméritos? Pois é, eu também. Com a exceção do patrão que eu realmente não tenho, mas tenho clientes e olha: eles dão trabalho. Chega a me dar saudades do patrão, viu? Enfim, o que importa é que todos aqui temos relações de trabalho.

Mas o que rege essa relação? Uma coisa bem simples chamada troca. Funciona bem assim: Você dá a sua força de trabalho em troca de dinheiro. Grana, bufunfa, cascalho, dindin e daí por diante. O motorista do trator pilota o bicho pra dentro do buraco em troca de algum dinheiro. O piloto de jato aperta botão, move alavanca e fala com a torre de controle em troca de dinheiro. Até aquelas donzelas acaloradas que acham todo mundo bonito também dão a sua força de trabalho em troca de dinheiro. A força de trabalho e mais alguma coisa, mas isso não vem ao caso.

Mas tem gente nesse país (aliás, nem só neste, porque a safadeza faz parte da natureza porca humana) que não curte muito essa coisa de pagar pelo trabalho dos outros. E não tou falando de chefe muquirana, não. Você ganha pouco, tá insatisfeito com o teu salário? Pode ser uma situação ruim, mas você aceitou aquele acordo, e, enquanto teu salário tá sendo pago, existe um acordo em curso, sendo cumprido por ambas as partes. Você pode exercer o direito de pular fora e trabalhar na horta do vizinho, que é sempre mais verde :-) ou tem o direito de ficar vendo TV em casa. Assim como tem o direito de fazer corpo mole e tomar uma justa causa. Tá tudo na regra.

Acontece que não é desse tipo de relação estamos falando. O assunto aqui é trabalho escravo, aquele que o empregador não te paga nada, te esfola, te prende e você ainda fica endividado. Essa é uma das maiores sacanagens humanas, e, infelizmente, tem bastante gente por aí que ainda tem a mentalidade retrógrada de achar que tem o direito de sair por aí escravizando gente simples, pobre e que não tem recursos culturais ou intelectuais pra se defender.

Aí o mais astuto dos leitores me pergunta: "Mas meu caro, o que esse papo de escravo tem a ver com as nossas saborosas carninhas na grelha?" e eu respondo: "Meu caro leitor, já parou pra pensar de onde vem o carvão que nós alegremente depositamos em nossas churrasqueiras?".

Fiquei sabendo, hoje, que o Ministério do Trabalho havia criado uma lista, chamada Lista Suja, onde eles divulgam aqueles que foram pegos mantendo trabalhadores em situação de escravidão. Belíssima iniciativa, não? Pois fui lá eu, curioso como uma marmota (?), averiguar a tal lista.

Foi quando levei um susto, daqueles de borrar a cueca, arrepiar o cabelo e doer a cárie do dente: figurava na lista o nome de uma carvoaria, cujo nome é idêntico a uma das melhores marcas de carvão que conheço: o Carvão São José.

Mas como?? Não conseguia acreditar, até que me lembrei que eu tenho, neste exato momento, um saco de tal carvão aqui. Conferi e tenho algumas observações a fazer:

  1. O CNPJ descrito no saco do carvão não é o mesmo que consta na lista. Pode não ser a mesma empresa, como pode ser. Uma empresa pode ter um CNPJ para a matriz, e outro para a filial;
  2. A lista está aqui;
  3. São José é um nome deveras comum, não acham? Podemos ter aí uma injusta e infeliz coincidência;
  4. No site do MT, não fica muito claro se as empresas foram somente autuadas, ou se foram julgadas e condenadas. Portanto, muito cuidado ao fazer juízo delas;
  5. O MT atualiza a lista com frequencia, inserindo e retirando nomes e empresas. Vale a pena conferir a lista sempre.
Bom, seguindo o mesmo comportamento que nos levou a descobrir que as carnes Maturatta, da Friboi, são mesmo maturadas, aproveito este nobre momento para despir-me do avental de churrasqueiro, largar a cerveja e adentrar a cabine telefônica mais próxima para me transformar no super-herói dos churrasqueiros oprimidos, o invencível REPÓRTER NA GRELHA!!!

Pois assim procedendo, enviei um e-mail ao Fale Conosco do Carvão São José que nós conhecemos solicitando um esclarecimento, e abrindo este canal de comunicação para a empresa.


O e-mail que enviei foi este aqui:


Olá!




Escrevo regularmente num blog sobre receitas de churrasco, além de ser consumidor voraz do carvão, que considero um dos melhores à venda na minha região (São Paulo).
Porém, numa conversa via e-mail com um dos leitores, fiquei sabendo da "lista suja" do Ministério do Trabalho, que cita uma empresa chamada "Carvão São José" como acusada de se beneficiar do trabalho escravo no município de Brejo Grande do Araguaia, PA.
Como consumidor do produto e simpatizante da marca, me assustei com a informação, e corri para tentar averiguá-la. Com um saco do carvão em mãos, pude notar que o CNPJ não é o mesmo que consta na lista do MT.
Minha dúvida é: trata-se de outra carvoaria com o mesmo nome, ou o Carvão São José é a mesma empresa que consta na lista?
Gostaria de levar a informação aos meus leitores de forma isenta porém informativa, seja ela qual for. Creio que, ao se tratar de uma infeliz coincidência, esta pode ser uma ótima oportunidade de esclarecer os fatos.
Muito obrigado Daniel Rodrigues http://deitadonagrelha.blogspot.com



Vamos aguardar a resposta, esperando, sinceramente, que se trate de outra empresa. Sou um voraz consumidor do carvão São José, seria muito triste receber uma notícia negativa deles.

Maturatta é maturada? => FINAL

Gosto de gente séria. Até foi por este motivo que escrevi o primeiro post sobre a Maturatta.

E você nem precisa ler os comentários que lá se encontram pra sacar que a Friboi é gente séria. Tá, a Friboi não é gente, mas o Flavio Saldanha, gerente de marketing de lá é. E gente séria.

Enviei um e-mail (na verdade 2, mas isso não tem a menor importância) à Friboi, questionando se a tal carne Maturatta era mesmo maturada. A Friboi, personificada na figura do seu gerente, o Flavio, não respondeu ao meu e-mail, mas fez coisa melhor: veio diretamente aqui no Blog responder diretamente a vocês através dos comentários. Coisa de gente séria, não?

Resposta esta que, conforme prometido, é transcrita aqui, na íntegra:

Olá, Realmente a Maturatta é Maturada. A linha toda passa por um processo de Maturação de 15 dias em túneis de Maturação nas unidades do Grupo JBS/FRiboi.
Obrigado pela dica de conteúdo do site www.maturatta.com.br; realmente temos que aprimorar e faremos isto com o auxilio de vcs.
Obrigado pelas dicas
Flavio Saldanha - Ger. Mkt - Grupo JBS

Flavio Saldanha, simples e direto: sim, a Maturatta é maturada. Pra mim, a discussão morre aí. É maturada e ponto final.

Friboi, ponto pra você. Além de preparar cuidadosamente os boizinhos que deitaremos na nossa churraca, ainda responderam ao nosso questionamento, num prazo bastante razoável, e através do seu gerente de marketing e não de um SAC qualquer com respostas prontas.

Tem um ponto que eu acho legal frisar. O site da Maturatta não deixa muito claro se a carne é maturada ou não. Isso faz com que, assim como aconteceu aqui, o consumidor suspeite. Confesso que, para escrever aqui, não fui até o açougue conferir a embalagem, mas pelo que me lembro, a mesma também não fala claramente sobre o processo. Mete um carimbo aí na embalagem: "contém carne de boizinhos alegremente maturados". É uma baita vantagem a carne ser maturada, não vejo porque não falar em letras garrafais :-)

Agora, o site da Maturatta poderia mesmo ganhar um agrado. E a Friboi pode contar conosco para o que julgar necessário.

Maturatta é maturada?

Recentemente, surgiu uma discussão nos comentários do blog, acerca da linha Maturatta, da Friboi. A bola que foi levantada ali, é porque surgiram dúvidas se a carne é realmente maturada, ou se foi dado esse nome numa fanfarrice pra ludibriar o consumidor.

Maturação é um processo de apodrecimento controlado. Não tenha nojo disso, entenda que a parte do "controlado" é muito mais importante do que a parte do "apodrecimento". Lembra do queijo gorgonzola, que parece podraco, mas é uma delícia. Pois é, com esse "apodrecimento controlado", a carne tende a ficar bem mais macia e saborosa, pois algumas enzimas agem e clica aqui pra conhecer como funciona. Legal, mas isso tudo tem um custo. Economicamente falando, o frigorífico mata o boi e começa o maior samba do criolo doido pra mandar aquele boi o mais rápido possível pra dentro da sua churraca. E deixar o boizim maturando ali custa grana. Por isso a carne maturada é mais cara. E a carne Maturatta é cara. Mas não fica claro se passou ou não pelo processo.

Sinceramente, conheço vários produtos da Friboi e não acho que eles seriam assim sacanas, mas confesso que não encontrei no site, nenhuma informação bem clara: "Essa parada é maturada" ou "Essa parada não é maturada, você comprou, a gente ganhou e você perdeu".

Com isso, façamos valer a voz do consumidor, a internet taí e a gente tem o trombone pra meter a boca. O trombone, ok?

Mandei um e-mail pro SAC do site da Maturatta. Que, diga-se de passagem, carece de conteúdo mas é um belíssimo site.

E-mail este que transcrevo abaixo, assim como transcreverei a sua resposta, ou reclamarei a ausência dela. Afinal, o intuito aqui não é brigar com a Friboi, e sim informar aos leitores.


Olá. Escrevo regularmente num blog sobre receitas de churrasco, e recentemente os leitores levantaram um assunto que julgo bastante pertinente. O grupo Friboi possui uma linha chamada Maturatta, onde as carnes são embaladas à vácuo. Tanto o nome, quanto o fato de estarem no vácuo, nos sugere que estejamos comprando carne maturada. Porém, não encontrei nenhuma informação que realmente afirmasse que as carnes em questão são maturadas. Gostaria de uma posição da Friboi para poder transmitir a informação correta, seja ela qual for, aos meus leitores. Agradeço Daniel Rodrigues Deitando o Gato na Grelha


Vamos aguardar. Como diria o cid moreira: estamos de oooooolho.