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Sob nova direção


Já começo este post no melhor estilo Gato na Grelha, que você já conhece desde os idos de 2009: mentindo. Aqui a coisa funciona assim: a gente mente na cara dura e você que se amalandre pra não cair na nossa conversa.

A parada é que não tem nada aqui sob nova direção. Esta porcaria tem dono e vocês vão ter que me engolir [\zagallo]. Um dono malemolentemente relapso, mas tem um dono.

Isso aqui é praticamente um cachorro de mendigo: tá mal cuidado, tá pulguento, tá com fome, toma chuva e dorme no papelão, mas não larga o dorme-sujo de jeito nenhum. E por muito mais de 10 anos esse pulguento aqui tem perambulado atrás de mim, pedindo um pouco de atenção e um osso de galinha de vez em quando.

Logo, eu e essa casa muito engraçada sem teto e sem nada nos amamos. Aí essa coisa toda de amor escoando pelas ventas me coloca numa situação decerto delicada. Porque eu amo isso aqui.

Aí você, o mais amado dos leitores, vem até aqui e lê as mal colocadas colocações que escrevo sem o menor compromisso com o bom português. Nem com a verdade.

E quando você lê o Gato na Grelha, o Gato na grelha te ama. O cachorro, no caso, é o Gato na Grelha. Gosto de acreditar que tenha exercitado esse seu neurônio malfalado nos ultimos 10 anos e esteja entendendo o meu pensamento.

Só que se eu amo o Gato na Grelha e o Gato na Grelha te ama, eu fico com ciúmes de você.

De você e de outros dois milhões, cento e nove mil, quatrocentos e setenta e cinco outras pessoas. Tomei este susto quando vi as estatísticas do blog nesta linda manhã de domingo. 

O que me coloca numa situaçõa mais delicada ainda.

E pensando em mulheres, dinheiro e iate servir bem pra servir sempre, aliado a um conjunto de fatores tranquilos e favoráveis, me fizeram sentir vontade de despejar meus mais desconexos pensamentos gastronômicos aqui novamente. E aqui estamos de volta.

Antes de entender porque voltamos, seria justo que gente mentirosa como nós aproveitássemos o sublime momento pra  expor alguns fatos. E lá vão eles:

- Eu escrevia aqui com bastante frequencia, porque eu tinha uma vida e uma rotina bastante propícias para isso.

- Só que a minha vida, nem sempre sob meu comando navegou por mares nunca dantes navegados e aí ficou impossível dar andamento a esta nada nobre obra literária.

- Churrasco, pra mim, virou raridade. Escrever sobre churrasco, então... nem em sonho.

Como deve se portar todo mendigo de bem, continuei me alimentando mal e fazendo uso abusivo de álcool e outras substâncias que se encontram à venda em todo boteco porco que se preze.

E o excesso de cerveja vagabunda, torresmo, ovo rosa, bolovo e salsicha à milanesa me deixaram doente.

Doente pra caraio. E essa parte aqui não é mentira não.

Fiquei doente de ficar amigo do enfermeiro da UTI. De saber o número do prontuário de cor. De saber nome de remédio além da Dipirona. De se ferrar grandão.

De fazer um transplante de fígado.

Isso não é mentira. Aqui a gente mente a rodo, mas sempre avisa quando tá mentindo. 

Então este que vos escreve é um ser sem dinheiro, sem moral e que não é dono nem do próprio fígado.

Se você acha que dá pra manter amizade com gente assim, continua aqui. Se não confia e se não continar lendo o Gato na Grelha, meu amigo dono do meu fígado vai puxar o seu pé. Esse cara é parceiro, tipo um anjo da guarda só que ao contrário. 

Ele teve a linda e bondosa idéia de avisar a família que gostaria de doar seus órgãos. Eu tava lá na UTI num estado deplorável precisando de um. Batemos um papo legal, assinamos o DUT e agora ambos partilhamos de um fígado semi-novo.

Talvez em posts anteriores eu tenha falado sobre judiar do figão ou algo do tipo. Eu tava falando do outro fígado, tá? Aquele foi pra universidade ser estudado pelos alunos por algum professor que mostra que não se deve fazer cagada com a própria saúde a ponto de seu fígado parecer um pacote de whiskas sachê.

Eu falo bem do meu fígado semi-novo. Meu amigo aqui tem a vaidade dele, né? Sempre bom dar aquela enaltecida nos amigos. Ainda mais um que salvou a sua vida.

Aproveita e fala pra sua família que você também quer doar esse seu corpinho gostoso. Recomendo doar apenas somente após a morte, ok? Mas não perde a chance de fazer alguma coisa que preste e doa isso tudo aí. Você salva umas 8 vidas e fica todo mundo feliz. Menos você que morreu, mas melhor doar do que deixar pra minhoca comer, ok?

Tá dada a dica. 

Voltando ao ponto, eu dizia que a gente - eu e ele, gostamos de loucas aventuras e de meter a cara no fogo. Tem risco? Tou dentro, é o que diz meu parceiro aqui. Como eu também digo, decidimos juntos que era a hora de retomar a vida de churrasqueiros e preparar muita carne e todo tipo de guloseimas pra você.

Como minha vida acabou virando uma democracia onde eu e ele temos que decidir tudo juntos, nós resolvemos mudar algumas diretrizes aqui nesta espelunca.

Vem comigo que eu te conto:

Ana Maria Braga
Outrora muito sacaneada aqui, não mais será. A partir deste momento, dona Ana vira nossa musa, nossa inspiração, nossa Deusa. 

Primeiro que ela virou uma senhorinha e não fica mais inventando sorvete de creme com picanha na TV. Ela se limita a falar - sem mexer a boca - suas mensagens motivacionais toda manhã. 

"ACORDA ALZARENTO ESCOVA ESSES DENTE SENÃO EU TE CUBRO DE PORRADA". Minha mãe era muito mais eficiente em motivar a rapazeada logo pela manhã, mas a dona Ana tá fazendo o melhor que pode. Merece respeito.

Agora falando sério, eu passei perrengues inomináveis no meu transplante, e sei o que é vencer uma doença. ou enfrentar de peito aberto. E a Ana Maria Braga venceu não um, mas DOIS cânceres. E depois de tudo o que eu passei, não posso não apoiar e respeitar uma lutadora assim. 

Respeito define.

Gatos
A vida, esse jumento desembestado ca gente nas costa é um bicho tão dois que eu, que nunca tinha tido gato, agora tenho um monte. E contando.

O principal e queridão aqui é o Whisky. Um gato absolutamente maluco que protagoniza altas fanfarrices numa casa muito louca. Vocês ouvirão muito falar dele.

A irmã dele é a Tequila. Acho que esses nomes dão uma dica de porque eu fiz um transplante de fígado. Enfim. 

A Tequila é uma gatinha linda, gordinha, manhosa e tagarela. Não é louca como o Whisky, mas é louca de outra maneira. Vocês ouvirão falar dela.

Tem o Gerente, um gato que invadiu a minha oficina e resolveu morar lá. O Gerente é um gato barrigudo, vesgo, rabo curto mas muito simpático. Esse vai ser mais presente, uma vez que ele mora onde fica a churrasqueira e às vezes até dorme dentro dela.

Aí no quintal ainda tem a Luna, a Marina, o Frajola, a Pantera e até bem pouco tempo atrás tinha o Cara de Minhoca, que fugiu e nunca mais voltou. Provavelmente atrás de outro mendigo.

Logo, esse blog passa a flertar com o perigo desgovernadamente. Um blog chamado Gato na Grelha, onde a grelha em si vive cercada de gatos.... não vou continuar hahaha.

Quem quer dinheiro?
Durante o perído de ouro deste blog, eu negava todo e qualquer patrocínio pago. 

Um idiota.

Hoje eu vejo que temos mais de 2 milhões de views e já era pra eu estar rico fazendo churrasco nas ilhas Cayman usando nota de cem pra acender o carvão. Mas eu fui burro e continuo pobre.

Então agora vamos ter sim alguns jabás aqui. No mesmo estilo malemolente e sem valores de sempre: se o produto for ruim, a gente desce o pau. 


E pra finalizar, eu não pretendo reescrever coisas antigas daqui. Mas precisamos - todos - ponderar que isso aqui começou a ser escrito em 2009, e muitas regras de comportamento e respeito ao próximo evoluíram, e vejo isso como uma coisa muito positiva.

Sinceramente, preconceito de nenhuma natureza jamais fez parte da minha personalidade, intenções ou ações. Mas hoje, eu não apenas respeito como também defendo ferrenhamente dfierenças e e minorias.

Na real, não deveríamos ser diferentes ou menores. Tudo igual, feito de carne e osso, fazendo cocô e chupando laranja com barulho. 

Na posição de uma pessoa que teve a vida salva por um fígado que veio de um desconhecido, eu me coloco como a última pessoa do planeta a aceitar qualquer tipo de preconceito. 

Afinal, eu não sei quem foi meu doador. Preto, branco, verde, azul, cis, trans, índio, curintiano? Só sei que ele tinha 74 anos e 1,58m. O resto, a lei dos transplantes protege e eu não sei mais nada.

Só que ele fica aqui sussurando aqui no meu ouvido.

Que ele ficou sussurando que era pra eu voltar aqui e desperdiçar o meu mau portugês (com U mesmo) mais uma vez e retomar aquela comunidade tão divertida que criamos. 

Mas tudo com muito, muito respeito.

Doe seus órgãos. E leia o Gato na Grelha :-)

Sejam bem vindos de volta a este antro da pior gastronomia que você vai querer praticar hoje.

É verdade esse bilete.

Sonho de uma noite de verão

Não, caro leitor. Não é o que você está pensando, e nem o que o título está dizendo. O embrutecido escriba deste mal cuidado boteco não emboiolou-se, e muito menos encarnou a porção lusitana do seu sobrenome utilizando-a para abrir uma padaria. Isto aqui não é uma receita de doce, muito menos de um doce duvidoso com o nome de sonho. Muito embora nós, por aqui, apreciemos muito um açúcar quando, porventura, submetemos nossa corrente sanguínea à exposição maciça ao álcool. Nada disso, isso aqui é um relato de um sonho.

Tal e qual Raulzito, o eterno maluco beleza, preciso lhes dizer que esta noite, eu tive um sonho, de sonhador. Maluco que sou eu sonhei com o dia em que a Terra parou. Não, não, volta tudo. Essa é a letra da música. Mas olha, te conto: no meu sonho, só não parou a Terra, porque todo o resto aconteceu.

Vamos começar com um flash-back, pra você começar a captar as mensagens que o meu cérebro, de maneira bastante fanfarrona e irresponsável, me madou esta noite.

Estávamos eu e a patroa, acomodados no sofá da sala, a acompanhar as notícias do jornal da globo, com william waack e christiane pelajo. Espero que a patroa não leia isto, mas tenho que admitir que, não raro, o decote da âncora se apresentava muito mais interessante do que qualquer notícia.



- Ouvi falar que o pessoal do gato na grelha adora o meu jornal!
- Manda um beijo pra maminha, dona Christiane!

Tentemos deixar de lado a nossa querida apresentadora e voltemos às notícias. Uma das reportagens da noite tratava do nosso folclórico presidente, o cidadão mais alegre, folião e fanfarrão que habita estas maravilhas tropicais, um companheiro que tratamos por presidente, mas chamamos de Lula. Calma que você já vai entender o que ele tem a ver com a história.
Antes, um adendo sobre política: Eu não votei no lula, não pretendo tomar partido sobre ele e muito menos sobre nenhuma posição política ou ideológica, e isso aqui é um blog de churrasco, e não um blog sobre política. Portanto, se pretende continuar a ler este post, esqueça toda a sua valorosa bagagem política e guarde isso pra você, e entenda que neste blog, tirando a ana maria braga, todo mundo é igual e merece ser respeitado. Até o presidente Lula!
Bom, nosso festeiro presidente vestia um macacão da petrobras e inaugurava a primeira usina flex do mundo. Entenda como usina flex aquela que é capaz de operar queimando gás natural, ou álcool. E mesmo que o álcool custe 3x mais do que o gás e cause um sério problema ambiental na sua produção, eles fizeram isso. E o presida tava lá, de capacete no coco e nove dedos na mão; pronto pra apertar o botão que ia fazer a usina inteira operar no álcool. Afinal, tanto nós quando ele, sabemos o que fazer quando o negócio é operar no álcool, não?

Nesse momento, o que me chamou a atenção foi a alegria do homem ao girar a válvula da usina. O presidente, ali, se sentia em casa. Presta atenção, amigo leitor, como o nosso presida se sente sempre muito mais à vontade abrindo válvula, batendo prego e acariciando cabeça de bode do que nos eventos da ONU e representando o país. Mas isso é assunto pra outro post que, certamente, não será escrito aqui.

Ok, o jornal acabou, christiane pelajo foi dormir, assisti lost e também fui. Não com ela. Não toquemos mais neste assunto, a patroa pode não gostar.

Pois aquele que toma cerveja sofre de uma maldição: aquela que nos faz acordar todos os dias às 6 da manhã, só pra aliviar a bexiga, e depois voltar à dormir. Assim aconteceu, acordei às 6, mijei e voltei pra cama. Geralmente, nessa dormida pós-mijada é que eu tenho os sonhos mais bizarros. Vamos direto a ele. Na tela!

Bom, sonho é assim mesmo, a gente não lembra muito os porquês das coisas, mas elas acontecem. Então, entenda que isso aqui não é uma novela do manoel carlos, é um sonho, e bastante disconexo. Feche seus olhos e leia as próximas linhas. Ok, pode deixar um olho aberto, mas vê se finge direito.

Eu estava na frente de uma casa comum, com aquela cara de casa da vó: portão baixinho, muro coberto de paralelepípedo, fusca na garagem... conversando livremente com o Lula. Isso mesmo, eu e o presida. Se coloca no meu lugar, amigo. O que você perguntaria pra ele? Só pensando no esquema do mensalão, eu consigo imaginar um monte delas, mas meu assunto foi um só:

- Taí o nosso presida, o homem que tem um churrasqueiro próprio... E aí, Lula, que tal aquela costela?
Outro adendo: não sei onde está o vídeo hoje, mas se você é um leitor minimamente informado, viu o vídeo onde o churrasqueiro do lula sacava da churraca uma belíssima, belíssima peça de costela bovina. Admito que isso me encheu de água na boca, na época.
Voltamos ao diálogo:

- Daniel, sabe que aquela foi uma baita cagada que eu fiz?
- É mesmo, presida? Por que?
- Porque aquela costela é receita minha, eu só chamei aquele cara pra fazer e isso caiu na mídia. Um saco!
- Olha, e parecia apetitosa! O que tem na tal costela, seu Presidente?
- Ôooo... Marisa!! Traz um pedaço daquela costela pro menino aqui.

E nessa, a dona marisa, a nossa primeira-dama, vinha de dentro da primeira-casa, com uma primeira-bandeja onde continha uma primeira-costela. E eu experimentei. E a costela do lula era simplesmente maravilhosa. Eu não conseguia acreditar como aquela costela que eu conheço tão bem conseguia ficar tão gostosa. Perguntei a ele qual o segredo da costela presidencial:

- Ô, vossa excelência, qual o segredo dessa delícia?
- Seguinte, companheiro blogueiro: A costela tem uma camada de alecrim em cima dela.. O alecrim perde líquido e faz essa camada cremosa no alto da costela.
- Uau, nunca pensei em jogar alecrim na costela bovina!

Bom, experimentei mais alguns pedaços, deu vontade de mijar de novo, eu acordei e não mais sonhei.

Mas ficou a pulga atrás da orelha, na cueca e no rabo do cachorro: Porque diabos alecrim? Não consigo imaginar uma receita de costela de vaca com alecrim.

Algum leitor aí já experimentou?

Mas o que mais me preocupou nem foi isso. Partindo do princípio que os sonhos podem ser avisos do subconsciente para a gente, que diabos fazia um fusca na garagem da casa do presidente?

Ainda bem que tem a christiane pelajo pra me dizer "Boa Noite" daqui a pouquinho :-)

Fogo na bomba: como acender a churraca

Quando você chega num churrasco e vê ali aquela fumaceira, ossos e outros lixos na mesa, gente alegremente bêbada caída pelos cantos e toda aquela atmosfera tipo "o capeta passou por aqui" que fica depois de um churrasco, você, o curioso leitor, se pergunta: Meldels, mas como é que isso foi começar?

Eu te respondo: o churrasco começa, oficialmente, quando mete-se fogo no carvão. É como o tiro pro alto nos 100 metros rasos, o "atenção emissoras da rede globo para o top de 5 segundos", ou a luz verde na fórmula 1 que, tirando o rubinho, bota os pilotos pra correr, o willian bonner pra falar e as nossas queridas e saborosas carninhas pra assar. Risca o fósforo, 1 2 3.. Valendo!

E essa hora de acender a churraca é especialmente peculiar. Cada churrasqueiro tem uma técnica milenar. Algumas interessantes, outras bizarras. Vou comentar aqui algumas, que já vi pessoalmente:
  1. O famoso túnel de jornal: Funciona assim: o camarada pega uma garrafa de cerveja, faz um rolinho com o jornal, enrola na garrafa. Depois tira a garrafa, e coloca aquele negócio na churraca. Joga uma golada de álcool, e despeja o carvão em volta, deixando o meio oco. A técnica é interessante porque utiliza bem a passagem do ar no túnel, mas tem seus pontos fracos. O primeiro é que dá trabalho enrolar a parada, apoiar os carvões e o escambau. O segundo é que usa papel. Acho uma grande bobagem acender o fogo com jornal. Pensa comigo: a fumaça é expelida pra cima, certo? Aí, o caderno de TV queima os resumos de novela, a ana maria braga e o louro josé de uma só vez, e vira uma espécie de fuligem, certo? E o que tem logo acima do fogo, geralmente é a sua carne, certo? E aí essa fuligem gruda na sua carne e você pode aproveitar pra ler as notícias encrustradas na sua picanha. Show!
  2. Uma certa vez, um animal que não me recordo quem era, usou uma técnica qualquer, e na hora de acender, jogou no carvão a bituca do cigarro que ele tava fumando. Não interessa a técnica, se você for porco assim, quem merece ser queimado é você, e não o churrasco. Não se esqueça de que a sua churrasqueira é um local pra fazer COMIDA, e não uma lata de lixo.
  3. A terceira técnica é bastante interessante, o rodapé de latinha. Funciona assim: você pega uma faca e destrói a latinha, de maneira que você consiga retirar apenas o fundinho dela. Aí você joga um pouco de óleo de cozinha no fundinho, acende e monta um predinho de carvão em cima. Olha, essa é uma técnica muito legal, porque o fogo do óleo é muito mais duradouro, vai pegar no carvão de qualquer jeito, mesmo que ele não esteja muito seco. O único probleminha é a perícia metalúrgica necessária à execução. Primeiro você tem que destroir a latinha com uma faca. O que pode, além da latinha, destruir o fio da sua faca. Se você fizer isso com a minha faca, perdeu a amizade, isso é um fato. O segundo problema é que, além de destruir a latinha e, eventualmente, o fio da sua faca, você ainda corre um sério risco de destruir a sua mão. Principalmente se foi você o folião que entornou aquela latinha. Mais ainda se você enxugou aquela latinha e mais algumas iguais a ela. Ou seja: com aquele alumínio fininho e a sua delicadeza de parafuso de trator, corre o risco de se cortar feio antes do churrasco começar, e passar o churras todo na base do band-aid. Mico na certa. Essa técnica é só pros bons. Se tu é tosco, esquece essa.
  4. O incinerador maluco: Essa é pra você descontar aquela raiva extra. Funciona assim: Joga todo o carvão que conseguir carregar dentro da churraca. Depois, empunhe o vidro de álcool (por favor, nada de álcool gel ou outras franguelices. Estou falando de álcool 96 graus, coisa de gente grande). Ok, encharque o carvão. Assim mesmo, sem critério, sem carinho e sem perdão. Agora é só encarnar o Nero e acender o fósforo. Recomendo tomar uma certa distância, pois essa costuma mandar Roma pelos ares. É a técnica preferida dos mais sem-noção, mas admitamos que funciona. Se o objetivo é pegar fogo, essa pega.
  5. A minha preferida: Pão velho. Eu sempre guardo pão velho aqui em casa. Tem uma gavetinha na fruteira onde eu vou guardando os restos de pão. Sempre que preciso acender a churraca, pego um tequinho, jogo um pouco de álcool, coloco no fundo da churraca, cubro com carvão e mando um fósforo, tomando o cuidado necessário pra acender o pão. Cabou-se. O pão demora um tempinho pra terminar de queimar, isso é o suficiente pra pegar no carvão. Além disso, o cheiro do pão queimando é bem mais legal do que jornal ou óleo, né?

Técnica muito utilizada pelos exércitos pretos em Omsk, no Aral e no sul da Dudinka.
Compreende segurar cartaz do bigodudo, jogar álcool sobre o próprio corpo,
acender o fósforo e pular na churrasqueira.

Eu acho que todas as técnicas são válidas, desde que respeitem um certo índice de limpeza. Não utilize jornal, querosene, gasolina, essas coisas. Não esqueça que a sua carne vai ficar muito perto desses ingredientes, e qualquer cheiro ou gosto adicional na carne é bobeira.

No final das contas, o que interessa mesmo é conseguir acender. Uma vez acendida a churraca, tá dado o start no seu churras e daí pra frente é só alegria.

E você? Qual a sua técnica milenar pra botar fogo na parada?

A camiseta do churrasqueiro







Olha, eu não curto muito fazer esses posts de pouco texto, sem um sentido explícito, como muitos blogueiros fazem. Aliás, nada contra, mas é que eu GOSTO de escrever as porcarias que escrevo aqui, então prefiro não escrever quando não há conteúdo realmente importante. Mas hoje, visitando o blog do ótimo amigo Vader (vincevader.blogspot.com), encontrei um site que vende camisetas com estampas simplesmente geniais.

Tem estampa de todo tipo, mas essas aí me chamaram especialmente a atenção, pois falam de coisas que a gente gosta: carne e cerveja. E, se o assunto interessa pra todo mundo, porque não postar aqui?

Isto posto, tá postado [travalingua mode = on]. Ah, divirta-se, o endereço do site é esse aqui.

PS: Peço desculpas antecipadamente aos vegans e afins. Não sou contra a sua filosofia, mas a piada é boa. E, como você já deve saber, aqui a gente perde o amigo mas não perde a piada!

Capitão Churrasco

Super herói é aquele cara que voa, que salva a humanidade, que tem superpoderes, tem visão raio x, mega força e o escambau. Mas o melhor herói de todos é esse aqui: O Capitão Churrasco!



Adorei a parte da água. hehe

O churrasqueiro fanfarrão

Churrasqueiro que é churrasqueiro não tem medo nem de juiz, malandro!!! Ouve essa história:

Tava navegando mares afora hoje, quando dei de cara com a seguinte notícia: "Convite para churrasco é anexado a processo no RS".

Pãããããtz!! Neguinho tava convidando geral pro churras do final de semana, mandou um bilhetinho pro juiz, que não viu e anexou ao processo. 

Sabe o nome disso? P-a-t-a-q-u-a-d-a. 

Abaixo, o recado encontrado anexo ao processo:

Churrasco de amigos na casa da Morgana, dia 06/12/2008, horário: 12h. O que levar??? Bebidas!!! Cada um leva seu fardinho!!! E a carne??? R$ 10,00 por pessoa, criança não paga. Quem vai??? Favor confirmar presença por e-mail e $$$ até dia 05/12, certo!!!??? Bem, mais uma vez um encontro de amigos, para colocar a conversa em dia, e desopilar fora da santa!!!

Dona Morgana sabe organizar churrasco, olha ae.. Cobrou 10 conto e o fardinho de breja. 

Pena que o churrasco já passou, senão eu aparecia lá. 

O link pra notícia: clica aqui

O churrasqueiro

Senhoras e senhores, com vocês..... O CHURRRRRRRRASQUEIROOOOOOOO
Se eu fosse apresentado um dia, queria que fosse assim. Como no boxe, como no ultimate fighting. Entra o tiozinho de paletó e gravata borboleta, o microfone desce do teto (tá, churrasco quase nunca tem teto, então desce do céu mesmo que tá valendo), apagam-se as luzes e o tiozinho manda uma voz de trovão pra avisar que o churrasqueiro tá chegando: "DO LADO ESQUERDO DO RINGUE, PESANDO 1.300KG... A PICAAAAAANHAAAAAA.... e DO LADO DIREITO, PESANDO MAIS DO QUE DEVIA.... o CHURRRRRASSSQUEEEEEEEIROOOOOOOO!!!!!"
E esse post é exatamente isso mesmo. Uma auto-homenagem ao coitado que fica responsável por lidar com fogo no verão, meter a mão na carne crua, limpar coraçãozinho (que é uma das piores atividades do churrasco) e preparar comida pra um batalhão de gente, que ele chama de "amigos".
O churrasqueiro é o cara mais malaco da festa, porque nunca tem que buscar cerveja na geladeira. Basta amaciar o coração de algum passante oferecendo-lhe uma carninha no capricho pra mandar na sequencia: "pega uma lá pra mim, parceiro?". Certeza que o amigo escolhe a mais gelada pra te trazer. 
O churrasqueiro ganha os céus quando acerta a mão em alguma carne. E toma vaia se errar, mesmo que tenha dado um puuuuta trabalho pra fazer.
Dona Ivette, a nonna, já dizia: "Quem parte e reparte, se o faz com arte, sempre fica com a melhor parte". Pois é, o churrasqueiro tem o direito de comer, desde que discretamente, o melhor pedaço de carne. E quentinho, o que é uma vantagem.
O churrasqueiro tem o direito de sujar toneladas de louça e não lavar absolutamente nada.
Mas também, o churrasqueiro sempre sai mais sujo do que todo mundo. E queima a mão. E corta o dedo. Ou seja: lavem a louça, vocês entenderam.
O churrasqueiro não pega garota nenhuma no churrasco, pode esquecer. Nenhuma garota vai querer se defumar ao seu lado, nem sujar a roupa com a sua mão de carvão. O carinha das batidas, por exemplo, tem muito mais chance de oferecer um drink colorido à base de cointreau e club soda e derrubar a garotinha. 
30 de setembro é o dia do churrasqueiro. Tá, grandes merdas, mas aposto que o carinha das batidas não tem dia dele. Se tiver, não merece, esse canalha.
O churrasqueiro tem o direito de ser barrigudo, ao contrário do carinha das batidas (viu?).
O churrasqueiro pode separar aquele pedaço de carne que caiu no chão e dar pro cara das batidas. Ou aquele pedaço de nervo duro, ou aquela carne que o cachorro não quis.
Enfim, esse cara das batidas nunca me enganou. Esse negócio de drinkzinho colorido é gourmet demais pra mim. 
Depois do exaustivo churrasco de domingo, alimentando 30 pessoas, faço essa auto-homenagem a esse herói dos espetos, o poeta do frigorífico, o Rei do Carvão: o churrasqueiro. No caso deste blog, eu mesmo :-)