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Vaca atolada, uma receita ecológica

Adoro essa mania de fazer as coisas "verdes". Ecologia é uma coisa bem divertida, todo mundo devia gastar um pouco de tempo refletindo um pouco mais sobre isso. Não, necessariamente, no que podemos fazer pra tornar o nosso planeta um lugar menos podraco pra viver, mas sim no rumo que as coisas tem tomado nesse sentido, e até onde vai a babaquice humana.

Antigamente, ecologia era coisa de hippie. Adoramos hippies, mas concordemos que hippie não é exatamente o melhor porta-voz pra alguma causa, não é? "Ah, adoro verde, me dá aqui esse pé de maconha". Enfim, sempre tem um LSD pra atrapalhar. Mas de uma hora pra outra, as causas verdes começaram a ganhar voz, visto a pocilga em que nosso planeta se transformou, e todo mundo ficou com os fundilhos na mão, com medo de tudo acabar e não dar tempo da gente ver o final da novela.

E foi aí que chegou o departamento de marketing fazendo tudo aquilo que a gente espera deles, e praticamente qualquer produto, serviço, ideologia, tudo virou ecológico. Tudo, até o que não faz sentido. Ser eco é ser cool!  COOL, não esqueça de falar o ele no final!

Ontem eu vi uma propaganda na TV. A empresa que faz shampoo tava mostrando arvorezinha, mico-leão dourado, ararinha da bunda rosa e toda sorte de imagens que precisam estar presentes em qualquer eco-comercial. Essa empresa dizia que plantaria uma árvore a cada vidro de shampoo que vendesse.

Aí eu te chamo pra refletir sobre o que realmente é ecológico, e o que é picaretagem só pra pegar o hype. A empresa em questão, disse que plantaria. E plantará, não tenho dúvida. Mas não estamos falando de mata atlântica. A empresa não vai lá pro mato grosso, expulsar a vaca ilegal do coronel e meter ali uma aroreira. Nada disso, eles vão encher um terreno alugado de eucalipto. O eucalipto vai crescer, eles vão derrubar tudo e vender pra fábrica de papel. Ou seja: ecologia 0 x 10 marketing.

E com esse pensamento vigente, passamos o dia acompanhados de pérolas como carro ecológico, shampoo que replanta pé-de-pau, comida de cachorro reciclável, e até genialidades como incentivar o pessoal a fazer xixi no banho. Sorry, guys, ninguém quer salvar o mundo, não. O lance aí é business, simples e claro. Acredite se quiser, já dizia o bom e velho jack palance.

- acredite... se quiser!

Bom, e como aqui no DGG a gente não consegue deixar passar uma oportunidade, bora lá pegar uma carona nessa cauda de cometa, e plunct-plact-zum que a gente vai hoje preparar uma receita reciclada.

Receita reciclada é aquela que foi feita utilizando resto da comida de outrora. Isso tem vários nomes, você já deve ter ouvido "restodontê", enfim. Minha avó é uma verdadeira autoridade no quesito reciclar comida. Você pode almoçar e jantar todo dia na casa dela, e sempre vai achar que tá comendo comida nova. Mas não, você sempre vai estar comendo alguma coisa reciclada. A vó faz isso tão bem, que uma abobrinha vira uma espiga de milho, ou uma sopa de palmito, ou um bolo floresta negra. Ou seja, minha avó compete com os mestres da camuflagem gastronômica. A gente só descobre que determinado prato é reciclado, porque ela olha pra comida e fala "já te conheço". Essa é a senha, o prato reciclado chama-se sempre Já te conheço.

Hoje vamos reciclar comida e preparar o nosso próprio Já te conheço. E não é qualquer comida, não. Estamos reciclando, aqui, uma saborosa e fabulosa costela de boi.

Pega o telefone, liga pro greenpeace e confere comigo o tamanho do estrago: a gente compra a costela de boi. Esse boi já ocupou lugar num pasto, que não deveria ser pasto, e sim mata virgem. O boi, lá no pasto, come o pasto. Come o capim embaixo da boca dele, dá um passo pro lado, e come o capim que tá do lado. Assim procede a vida inteira. Ê, vida de gado, já diria o cantor. Agora imagina o gado comendo o capim embaixo dele e dando um passinho pro lado, a vida inteira. O quanto de pasto esse boi precisa? E o pior não acaba aí, depois que come, o boi peida esse capim todo. E o peido do boi, pasme, é um verdadeiro desastre pra camada de ozônio. Sabia disso? Cada vez que aquele rabo levanta e não é pra abanar mosca, a camada de ozônio acusa o golpe. Fora o fato de que deixamos a costela na churraca durante horas e horas, queimando madeira, soltando fumaça. Uma catástrofe ecológica.

Catástrofe esta que, já que não conseguimos evitar visto que não pararemos de comer costela, então temos a obrigação de otimizar ao máximo o processo, tentando evitar o impacto na natureza, e assim evitando que algum ecochato bata à sua porta te jogando o parágrafo acima na cara.

Nossa receita começa, então, levando ao limite da gulodice um antigo dito popular. Minha mãe dizia "menino, não tenha mais olho do que barriga", sem efeito, porque eu tinha, e desta vez lhe recomendo ter mais olho do que barriga. Quando der aquela vontade de mandar uma ponta de agulha na churraca, compre o dobro do que pretende servir. Isso mesmo. Aproveita a churraca, e faz a costela de hoje que vai virar a vaca atolada de amanhã.

Pra preparar a costelona, tem várias técnicas. Vou citar, rapidamente, duas, ok?

  1. Bota a peça no alto da churraca, com fogo forte, osso pra baixo e sem deixar encostar na peça, durante horas e horas. Geralmente, 4 horas + 1 hora por Kg. Depois vira e deixa assar por meia hora. Tá pronto.
  2. Enrola no celofane pra churrasco, deixa no calor (na churraca ou no forno) sem deixar encostar na labareda durante 3 horas + 1 hora por Kg, tira, deixa uns 20 min pegar cor e gosto de fumaça, tira e serve.
Existem posts específicos sobre o preparo dos dois tipos de costela. Aqui no blog, ou internet afora. Você acha. O que importa é fazer mais costela do que pretende comer. Tem que sobrar.

No final do churrasco, você guarda na geladeira e vai dormir. Te recupera aí, que a amanhã terás uma vaca pra desatolar. A vaca foi pro brejo e isso é um problema seu.

Acordou? Tá recuperado? Tomou eparema, epocler, biotônico fontoura, centrum, viagra, aspirina, tampico de morango ou lactobacilo vivo? Então tá pronto, bora pras panelas!

Esta vaca atolada é um pouco diferente da tradicional, ok? Não me venha com puritanice, dando bronca porque não é assim que faz e bla bla bla. Quer receita certinha, vai pro site da ana maria braga. Amigão, pensa no papel reciclado. O papel reciclado é feito a partir de outro papel. Ele tem a mesma textura, o mesmo formato, serve pra mesma coisa, mas tem aquelas ranhurinhas. Ou seja: é quaaaase a mesma coisa, mas você escreve nele e é pra isso que ele serve. Nossa vaca atolada é a mesma coisa. Não é a receita tradicional, mas cumpre seu papel. Quase um papel reciclado.

O primeiro passo é botar as barbas batatas de molho, cozinhando. Descascadas, claro. A dica é descascar as batatas, encher a panela de água, e mandar lá pra dentro um tablete de caldo de costela. Ou, se você não tem cachorro em casa, coloque os ossos da costela. Aqui em casa, cachorrada fica doida quando rola costela. Na última costelada, tinha tanto osso no meu quintal que eu pensei que a elisa samudio tava escondida lá. Voltando à vaca fria, o osso cozinhando com a batata deixa um sabor fabuloso, assim como o tablete de caldo de costela.

Deixa lá cozinhando até as batatas ficarem bem moles. Vai acompanhando, espeta com o garfo, você conhece coisa mole que eu sei (heheheh). Quando a moleza se fizer presente dentro da panela, desligue o fogo e guarde com água e tudo.

Agora você tem que preparar um refogadão. Sabe o que é um refogado? É a base de quase tudo o que você come. Consiste em picotar uma cebola bem pequeninho, fritar no azeite, e quando ela estiver amarela, sapecar alho picado pra fritar junto. Uma folha de louro fritando junto ajuda, viu.

Ah, fica muito legal botar umas azeitonas verdes pra fritar junto. Sei que não faz parte da vaca atolada, até porque vaca com azeitona é boi, mas a azeitona fritando junto dá um gosto especial bem legal.

Ok, entendeu? Se entendeu, faça o refogadão, e quando estiver todo mundo amarelinho, com cara de comida de mãe, joga toda a costela lá pra dentro. Recomendo que dê uma certa desmontada na costela. Não adianta mandar pra panela aquele teco de 9kg de costela, isso é serviço de porco, não faça isso.

Mistura um pouquinho, isso vai dar uma fritada na carne da costela. Acredite, isso se transformará em benefício para você mesmo depois.

Mas não frite muito, é só pra dar uma corzinha. Agora jogue uma golada generosa da água da batata.

O lance agora é ficar mexendo até a carne amolecer por completo, aquilo vai começar a derreter, a água evaporar, fica um espetáculo. Quando achar que a textura tá boa, manda as batatas pra dentro (só as batatas, não vai esperar a textura ficar boa pra mandar mais água lá pra dentro, né espertão?), mexe até tudo virar uma gosma. Cuidado pra não deixar as batatas sumirem, presta atenção na sua comida.

olha a textura da brincadeira. antes que me perguntem, tem um pouco de salsinha aí

Tá pronto. Tem gente que troca a batata por mandioca. Particularmente, prefiro batata, mas tanto faz. A decisão é sua.

Na hora de servir, jogue um pouco de salsinha sobre o prato, fica bem gostoso.


com salsinha

sem salsinha

Bom apetite! Pensa que você tá salvando uma baleia e mete os dentes nessa iguaria sem dó!

Drops de Churrasco - Ed. 6

Como bem diria o intrépido herói chapolim colorado, sigam-me os bons em mais uma versão do seu periódico churrasquístico, criado exatamente para distrair essa sua mente lépida em mais um dia cinza, nublado e batendo índices olímpicos de poluição. Aí o mais distante leitor imediatamente retruca: Mas qual nada, amigo blogueiro, que piada! Se escreves sob a névoa da fuligem do caminhão, saiba que de minha janela observo um tuiuiú, dois suricatos e um berbigão. No que o blogueiro, como num repente emenda: Amigo leitor, amante da brasa e do calor, churrasqueiro de Bagé, se tua cidade não é poluída, tenho certeza de que tua mente o é.

E assim vamos adiante, mostrando que nem só de carne e carvão vive um churrasqueiro. A gente também entede de rima ruim.

Picanha com sorvete
E por falar em ruim, te prepara que essa receita é simplesmente de embrulhar o estômago. Sabe aquela história de que a primeira impressão é a que fica? Pois é, o cidadão em questão começou mal, e conseguiu terminar ainda pior. Sente o drama:
Minha esposa hoje me acordou, dizendo que havia recebido um spam de um tal site de churrasco. Pô, spam é mancada, mas fiquei curioso, peguei o computador e comecei a navegar. Nada de muito especial, mas bastante didático, vídeos bem feitinhos e tal, até que... De repente eu me deparo com uma daquelas lambanças gastronômicas tão bizarras, mas tão bizarras, que eu perdi o apetite. Coisa de gente grande, de deixar a farofa de bacon com maçã da ana maria braga parecer normal. Tudo começou com uma picanha. O camarada fatiou a picanha, colocou na grelha com sal grosso, virou, tirou no ponto certo e picotou. Pronto, pensei eu, agora é só comer. Que nada, o nosso querido "gourmet" achou que ainda podia ficar melhor e inventou a "picanha com sorvete". Veja a foto ao lado e tire suas próprias conclusões. Não vou dar o link e nem o nome do cidadão que estragou uma picanha e uma taça de sorvete. Use o google, você não vai errar. Pra fazer uma lambança dessas, só tem um.


Carvão São José é 10!
Gosto muito de empresa séria, e quando me deparo com alguém que preste um serviço bacana, não posso deixar de falar aqui.
Semanas atrás, comprei um saco de 4kg de carvão São José pra receber uma galerinha em casa.
Ao virar o saco de carvão dentro da minha churraca, ouço um barulhão seco, "POW". Gente, carvão não faz pow, certo? Pois é, no meio do carvão, havia um pedaço considerável de tijolo. Fiquei bastante decepcionado, pois num saco de 4Kg, havia um tijolo de 1Kg. Guardei a embalagem e o tijolo, imaginando a chateação que teria posteriormente com suporte, 0800 e outras mazelas do atendimento ao consumidor neste país lindo de gente honesta.
Aí começa uma verdadeira saga do atendimento, um épico do suporte, orgulho do PROCON.
Precisamente às 11:47 do dia 30 de julho, enviei um e-mail ao site deles, sem me apresentar como blogueiro nem nada. Apenas relatando o acontecido. Antes que eu pudesse dizer Paranapiacaba não tem otorrinolaringologista, e sei lá porque eu diria isso, meu e-mail foi respondido às 12:17. E não era nenhuma respostinha automática, não. Era a solução do problema, sem delongas, sem xurumelas. Mais rápida que um 747, a atendente Vanessa, o Ayrton Senna do churrasco, me solicitava o endereço de casa e explicava rapidamente que o tijolo pode se desprender das paredes do forno, enfim. Às 12:27, enviei o endereço, agradeci a explicação e fiquei feliz com os dois sacos de 4kg de carvão que me foram ofertados pela atendente.
Fui almoçar. Ao voltar da esbórnia alimentícia a que me submeti, recebo mais um e-mail da eficiente Vanessa, o Usain Bolt das carvoarias, enviado às 14:46, me perguntando se haveria alguém em casa, pois eles gostariam de realizar a entrega ainda naquele dia. Nesse momento comecei a procurar o ET no meu guarda-roupa, porque não existe atendimento como esse neste planeta. Cadê a musiquinha? Porque não questionaram nada? Não perguntaram nem o tamanho do tijolo? Nem meu CPF, RG, tamanho do sapato, nada??? Esquisito....
Enquanto me questionava porque diabos não havia mafagafinhos salvaguardados em araçariguama, eis que o veloz motorista do Carvão São José posiciona o MIG 29 no estacionamento de visitantes do meu prédio e me entrega 8Kg do mais puro e belo carvão, precisamente às 15:30. Ou seja: em menos de 4 horas, meu problema foi solucionado com uma eficiência inacreditável. Por isso estas palavras são o meu mais sincero agradecimento ao carvão mais rápido do oeste: Carvão São José, muito obrigado!


O que vem por aí?
Tenho várias receitas maneiras aqui na manga, pena que não tenho como publicar tudo de uma vez. Num dia de fúria, mandei pra churraca 5,5kg de costelão. Só que convidei apenas 6 pessoas para apreciar tal iguaria, que sobrou aos montes. No dia seguinte, foi transformada numa maravilhosa Vaca Atolada. Não sabe do que se trata? Olhe a foto à sua esquerda e aguarde a receita, amigo.
Já comeu frango de televisão de cachorro? Aquele, que fica na padaria, rodando no forno engordurado, que parece nojento, mas todo mundo come? Pois é, inventei uma traquitana (mais uma gambiarra.. não sei como a minha esposa ainda me suporta), para que possamos realizar tal experimento na nossa própria cozinha. Tenho fotos e tudo mais!
Semana que vem, teremos uma promoção maneiríssima aqui no blog. Pode começar a aquecer esse cabeção aí, que o prêmio é muito bom (sim, o prêmio é de comer), mas você vai ter que gastar muito neurônio para colocar os seus dentes no prêmio que vamos dar. Aliás, não é apenas um prêmio. Serão 3 felizes ganhadores, fiquem atentos!!

Nome aos bois - parte 1

Eu queria muito saber quem foi o primeiro camarada que abriu o primeiro boi e saiu dando nome pra tudo o que ele encontrou lá dentro. Sério.

Afinal, caro leitor, vamos combinar que os nomes das carnes são de uma fanfarrice ímpar. Sujeito controverso, este. Controverso, no sentido da antagonia da sua própria fanfarrice, seja lá o que isso signifique. Controverso porque ele encheu a cara, abriu o boi e deu nomes esdrúxulos e bizarros pras carnes, mas o inusitado se fez presente, e aí todo mundo acreditou no que ele tava dizendo, e os nomes continuam sendo falados nos açougues desse nosso Brasil varonil afora, comprovando a controvérsia da coisa. Controverso, côncavo e convexo. Ou não.

Sério, eu queria muito bater 15 minutos de conversa com esse cara, que abriu o primeiro boi e mandou logo um "Caracas, tem um pato aqui dentro. Tem um lagarto, também. Ou seria um tatu? E tem uma agulha, e um cupim, e um peixinho, uma fralda e uma raquete!!! Maneiro!".

Sigamos adiante.

Aí eu me lembro que meu nome é Daniel Walter, e quem um cara que tem dois nomes tão diferentes pensa que é pra questionar uma peça de carne de BOI que chama LAGARTO? Logo depois eu me lembro que a isso se deve o fato de Walter ser sobrenome, e não nome, e me dou conta da sorte que tenho de ter nascido homem, porque a minha irmã se chama Monica Walter, e minha prima Carol ganhou na escola o apelido de CaWalter durante o duro e cruel período da adolescência. Me lembro também que o sobrenome Walter é de origem germânica, e, definitivamente alemão não é um povo bom pra dar nome às coisas, taí a Volkswagen pra provar. Então, mais uma vez, me lembro da sorte que tenho da minha mãe ter me dado o simples e comum nome de Daniel e abdicado da criatividade chucrútica impregnada na nossa corrente cromossômica. Eu poderia tar matando, eu poderia tar roubando, eu poderia me chamar Hans, Wolfgang ou Fritz, e isso seria bastante ruim. Mas isso me faz lembrar de que a minha avó não teve esse ato de bondade e deu o nome de Gudrun pra minha mãe. Mas a grande sacanagem é que a minha avó se chamava Joanna, o que mostra que a nossa família, geração sim, geração não, sacaneia os filhos com nome de cerveja. Mas eu não passei adiante, meus filhos são Júlia e Rodrigo.

Cada coisa que eu tou me lembrando hoje. Sigamos com a história.

Já que é pra lembrar, lembrei de mais uma, e quando a gente fala de nomes de coisas, tem uma pessoa que é imbatível, uma autoridade no quesito nomes-bizarros-pra-coisas. Estamos falando da Baby do Brasil.

capa de disco com peitola de fora, colar de talheres,
pintura de índio e bebê mamando: é disso que eu tou falando.

Primeiro porque a Baby do Brasil se lançou na carreira artística sob o nome de Baby Consuelo, mesmo se chamando Bernardete Dinorah. O que, por si só, já nos mostra que estamos tratando de uma pessoa dotada de altos índices de noção.

Em determinado momento da carreira, Baby Consuelo achou que algo ia mal, e que era a hora de dar uma mudada nesse nome. E aí, quando todo mundo pensava que ela ia trocar o Baby por Juliana, Alessandra, Fernanda ou algo do tipo... ela tira o Consuelo e põe Do Brasil.

ééééééééé......   do brasilllllll!!!!!!!!!!!!!

Baby do Brasil é o tipo de pessoa que chamaria um pedaço de carne de raquete. Vai por mim.

Mas isso não é tudo, nossa feliz colaboradora não terminou por aí. Preocupada em perpetuar o seu legado de criatividade e alegria na arte de nomear pessoas, Baby do Brasil se uniu ao seu guitarrista pepeu gomes, copulou e se reproduziu, daí a capa do disco. Hippies e bebês foram feitos um pro outro. Assim nasceram pessoas da mais fina elegância, gente que merece o nosso respeito pelo simples fato de ter respondido chamada durante a vida escolar sob a alcunha de "Riroca", "Zabelê", "Nana Shara", "Pedro Baby", entre outras pérolas.

E isso não é apelido. É nome. Cidadão chamava Pedro Baby. Envelhecia, tinha filhos, ganhava profissão, e continuava chamando Pedro Baby. Você contrataria um advogado chamado Pedro Baby? Como você se sentiria ao ouvir "boa tarde, passageiros, aqui é o comandante Pedro Baby, estamos viajando a 8.000 pés sobre o oceano pacífico e..."?

Enfim, aí a Riroca, revoltada, atingiu a maioridade e correu para o cartório mais próximo da sua residência, embuída da missão de se livrar desse nome mezzo doce do interior, mezzo apelido de vó. E assim procedeu, trocando o nome Riroca por... Sara Sheeva.

SARA. SHEEVA.

Isso, assim se faz as coisas com perspicácia e sapiência. Trocando um nome ridículo por um nome feio. É como se o Patinho, infeliz com o nome que o tiozão que abriu o boi lhe deu, corresse no cartório pra mudar o nome de Patinho pra Roda Gigante. Ou Abajour. Ou Alfazema, ou abacaxi, ou berinjela.

Bom. Muito bom.

Muito bom que não foi a baby do brasil, nem a riroca baby que deram o nome às carnes.

Enfim, agora que todo mundo já tá curioso, eu aproveito pra contar que isso não é um post, é uma série, e aos poucos eu pretendo pesquisar sobre os nomes divertidos das nossas carnes, e contar aqui, uma a uma. Leitores cultos e letrados são muito bem vindos nessa epopéia em busca da arca perdida do que bebeu o fanfarrão que abriu o primeiro boi e deu os primeiros nomes às peças.
Uma dica importante: Se você está grávida (o) e ainda não decidiu que nome dar a seu rebento, recomendo veementemente que mantenha toda a distância possível deste post. Tememos que más idéias impregnem a sua mente e façam uma criança infeliz por toda a sua existência. Grato.

A camiseta do churrasqueiro







Olha, eu não curto muito fazer esses posts de pouco texto, sem um sentido explícito, como muitos blogueiros fazem. Aliás, nada contra, mas é que eu GOSTO de escrever as porcarias que escrevo aqui, então prefiro não escrever quando não há conteúdo realmente importante. Mas hoje, visitando o blog do ótimo amigo Vader (vincevader.blogspot.com), encontrei um site que vende camisetas com estampas simplesmente geniais.

Tem estampa de todo tipo, mas essas aí me chamaram especialmente a atenção, pois falam de coisas que a gente gosta: carne e cerveja. E, se o assunto interessa pra todo mundo, porque não postar aqui?

Isto posto, tá postado [travalingua mode = on]. Ah, divirta-se, o endereço do site é esse aqui.

PS: Peço desculpas antecipadamente aos vegans e afins. Não sou contra a sua filosofia, mas a piada é boa. E, como você já deve saber, aqui a gente perde o amigo mas não perde a piada!

O peido da vaca e o meio ambiente

Você, churrasqueiro amigo, leitor desta espelunca, te prepara que aqui vem uma notícia de furar a cueca. Se você tá lendo isso aqui de pé, o que eu duvido muito, recomendo que procure a poltrona mais confortável possível e deposite a sua busanfa, porque a notícia que segue é uma verdadeira bomba. Prepare o ringtone do Plantão Globo, imagine a voz do Cid Moreira contando notícias em russo com a entonação do Datena, fazendo as caretas do zeca camargo com a boca da ana maria braga e põe na tela, comandante Hamílton porque essa é, definitivamente, a noticia de que o mundo vai acabar e a gente tá, literalmente, na merda.


Essa conversa não tá me cheirando bem...

Já faz um tempinho que eu venho ouvindo alguns malucos dizendo que a produção de gado bovino vem acabando com a natureza e tal, mas dessa vez a coisa ficou russa de verdade. Muito pior do que saber que tem gente desmatando a amazônia pra criar gado, foi descobrir que um dos grandes vilões da esburacada e sofrida camada de ozônio é... o peido da vaca.

Isso mesmo que você ouviu/leu. A produção de gases oriundos da pecuária é maior do que a produção do setor de transportes nos EUA. Eu não estou louco, os ambientalistas não estão loucos e, pasmem, nem a vaca tá louca! Mas ela tá peidando a torto e a direito. E cada vez que aquele rabo levanta, acontece o terror: um pedaço da camada de ozônio se vai junto com tão peculiar fragrância.



Pra te ajudar a entender: o amarelo é o transporte. Dentro dele, a vaca da cara branca, mulher do boi da cara preta.

Eu nasci nos anos 70, portanto, estudei bastante história e geografia nos anos 80, ou seja: num período cascudo de uma tal guerra fria, que a moçadinha de hoje em dia nem sabe o que é. E, largando a guerra fria e voltando à vaca fria, naquele tempo todo mundo se cagava de medo do Gorbachev tomar uma vodka a mais, ou o Reagan deixar cair a dentadura no botão da bomba atômica e o planeta inteiro ir pelos ares. Mas não, o mundo acalmou, a URSS quebrou e, quando você pensa que tá tudo beleza, lá vem de novo a ameaça, dessa vez materializada no coração do bichinho mais bonitinho, amiguinho e gostosinho da face da Terra: a vaca, razão da existência desse blog. Depois da ana maria braga, claro. Putz, será que o peido da ana maria braga também.... bom, deixa pra lá.

Tá, mas e aí, o que fazer? Os ambientalistas já sugeriram, e certamente vão continuar sugerindo, que se acabe com a pecuária, que é a nobre atividade de plantar vaquinhas num pasto, onde elas ficarão comendo e peidando, aguardando ansiosamente o dia de conhecer as grelhas das nossas churrasqueiras. Olha, a gente preza muito essa vacaiada aí, e não é só porque essas doces criaturas não são, digamos assim, flor que se cheire, nós concordaremos em extinguí-las. Ora, o mico-leão dourado já tá em extinção, o ornitorrinco e ararinha do rabo cor-de-rosa também estão, por que vamos aumentar essa lista, ainda mais com um bichinho tão gostoso?


Rá! Se vinguei!

E ainda digo mais, dou a solução de mão beijada pra vocês. Explico: Quem aqui nunca caprichou na feijoada, nunca exagerou no bacon e nunca pesou a mão naquele brócoli com ovo cozido? Todo mundo sabe que é normal ter os seus dias de lança-torpedo. E como é que fica o seu papel na preservação do planeta nessa hora? Segue abaixo não uma, mas algumas sugestões:

  1. Ração à base de Luftal: Basta os produtores de ração investirem um pouco em pesquisa e colocar o mesmo agradinho que existe no Luftal na ração da Dona Mimosa. Se parava o peido da minha vó lá em Bertioga, esse aí breca qualquer coisa.
  2. Cocô na casa do Pedrinho: Só mandar as vaquinhas todas peidarem no banheiro do Pedrinho. Assista a propaganda, você verá como ele e a mamãe se abraçam e giram no banheiro cheiro de pétalas. O miraculoso produto capaz de transformar merda em flores, certamente saberá como lidar com as flatulências dos nossos ruminantes.
  3. Tarcísio Meira é o cara: Ele inventou, na fazenda dele, um dispositovo capaz de cheirar os peidos das suas vacas. E mais, esse dispositivo transforma o peido em energia elétrica, e alimenta a fazenda toda. Ou seja: Quando ele acende a luz, dona Glória sabe que, naqueles fios, corre um peido de vaca eletrificado. E o pior de tudo: isso é verdade, joga no google.
Tá vendo como é fácil? Só usar um pouco a cabeça tãããã.

E você, caro leitor? Conhece alguma maneira mirabolante, rebolante e acidulante de evitar que as vacas peidantes sejam causadoras do efeito estufa, furacão Katrina, maremotos e evitar que o cocô das vacas nos leve mais cedo ao dia do juízo final?