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Salmão na grelha

Quando eu comecei a escrever nessa espelunca, eu nunca imaginei que um dia levaria isso a sério. Na verdade, até hoje eu não levo, mas pelo menos me preocupo um pouco mais com a total, irrestrita e absoluta falta de qualidade das coisas que escrevo aqui, procuro receitas novas, enfim. Comecei a escrever aqui despretensiosamente, e alguns incautos, para a minha surpresa, decidiram que seria uma boa idéia ler estas porcarias. Então me vi obrigado a tomar vergonha na cara, buscando me informar para que pelo menos pareça que eu entendo do que estou escrevendo.

Com isso, acabei encontrando vários blogs e sites bacanas internet afora. Um deles é o Mesa pra 1. A receita de bolo deles é parecida com a nossa: macho na cozinha, fazendo comida boa e falando merda. A gente sabe que isso funciona. Homem escrevendo merda de um lado da tela, homem lendo merda do outro. Entre uma breja e outra, assim vamos indo em direção à derrocada. Enfim, como a direção da derrocada é nossa via de mão única, certa vez encontrei uma receita por lá que me animou muito, e decidi fazê-la, e aqui reproduzo com uma fidelidade malúfica.

A diferença entre os dois blogs é que neste aqui, eu enrolo, enrolo e enrolo parágrafos e mais parágrafos (tá vendo como é fácil enrolar?) pra postar uma receita que poderia ser descrita em 5 linhas, e lá eles metem a mão na massa mesmo. Gente que faz. Em tempo real, ao vivo e à cores, com uma câmera na mão e uma cerveja na cabeça lá vão eles filmando pataquadas gastronômicas e recheando o youtube com uma turminha muito louca aprontando altas receitas numa cozinha do barulho. Sério, o blog é legal, já passei o link, vai lá que eu espero.

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acho que o pessoal gostou mais do mesa pra 1

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#jascakszxcz xz @#$#!%ˆ$
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voltou? ufa, então vamos à receita.

O esquema é muito simples, e faz o salmão, que já é um peixe muito saboroso (taí o urso marrom, malaco da ilha kodiak, que não deixa a gente mentir), ficar ainda melhor. E não é só simples, não. O esquema é roots, coisa de gente rude, de sola dura e calcanhar rachado. Sem essa de garbo e elegância, se você chora na novela ou passa ppt de paisagem, sai desse corpo que não te pertence, prepara o capitão nascimento que existe dentro de você e TRAZ O SACO AGORA!

O lance é que você deve ter adquirido anteriormente, um belíssimo filé de salmão. Não recomendo disputá-lo na beira da pirambeira com o urso marrom, nem navegar pelos mares da noruega em busca do salmão perfeito. Muito mais fácil conferir comigo que salmão bom é salmão morto, dar um pulo num mercado e comprar uma bunda de salmão fresca, por mais que possamos estranhar essa coisa de bunda fresca. E a bunda do salmão só tá fresca quando tá firme (ai, a luma de oliveira...) e larnja escuro. Fica atento, se o peixeiro te passar um salmão laranja meio branquelo, que parecer meio mole, dá-lhe logo um pescotapa e se manda dali porque esse salmão tá velho.

Beleza, de salmão em punhos, TRAZ O SACO SENHOR ZERO UM e mete o peixoto lá dentro. Pode ser um saco de freezer, saco de pão, saco de lixo, o que você quiser. Apenas se certifique de que o saco não vai vazar, porque além do salmão, você ainda vai jogar mais algumas coisas lá dentro.

E, pra que o salmão não se sinta um peixe fora dágua, você deve colocar ali alguma coisa pra ele nadar. A coisa, no caso, é o mundialmente conhecido molho soyu. Deposite no saco um monte, um copo, uma lata, bastante molho shoyu. O salmão agradece.

Como sabemos neste blog que uma andorinha só não faz verão, sabemos que o salmão não pode ficar ali sozinho, boiando alegremente naquela piscina de shoyu, não? Pois lance mão de toda a cebola que você conseguir carregar. Vai na fé, pra meio quilo de salmão, você pode picotar umas 3 cebolas.

Picotar, não. Corte em rodelas, e eu espero que você saiba como fazer isso. Não vou ensinar marmanjo a descascar a cebola, posicionar na tábua, fazer cortes paralelos e desmontar com as mãos. Não vou mesmo. Enfim, o sabichão aí já deve estar imaginando que a cebola deve IR PRO SACO TAMBÉM. Desse jeito mesmo, com agressividade, macheza e virilidade.

Cebola no shoyu, cebola no olho e a essa hora já tem salmão chorando dentro do saco, certo? Pois então, pra acabar com essa tristeza, nada como uma musiquinha pra alegrar o ambiente, não acha?

Pra animar, pode preparando as suas maracas e o bigodón, que chegou a hora de muito merengue e SALSA, maricón. Isso, picote um maço inteiro de salsinha e MANDA PRO SACO E CADÊ O BAIANO???? Cadê o baiano? Boa, manda lá pra dentro duas pimentas baianinhas, sem picotar nem nada.

Agora que tá todo mundo animado, na maior agitação, hora da sacanagem. Você dá um nó na ponta do saco e deixa a putaria comer solta lá dentro. Pode chacoalhar, pode mexer, pode fazer essa galera balançar o esqueleto na festa que rola dentro do seu saco. O do peixe, claro.

Tamo quase lá. Abre a geladeira, deposita o saco lá dentro e vai acender a churrasqueira. Já te falei pra abrir uma cerveja? Não? Então tá esperando o que, criatura? Aproveita a geladeira aberta e saca uma latinha agora mesmo.

Deixa o saco lá dentro da geladeira, enquanto você acende a churraca e tal. Isso vai demorar uns 15, 20 minutos, dependendo da sua destreza para com as atividades pirotécnicas.

Quando você conseguir acender a churraca e terminar a cerveja, a coisa já deve estar no ponto lá no saco. Agora você abre o saco e procura o salmão lá dentro. Com a mão mesmo, larga de nojinho. Posiciona o peixoto sobre a grelha, com a pele pra baixo, o que parece óbvio, mas sempre é bom avisar.

Agora é bacana: pega toda aquela maçaroca de cebola e salsa, devidamente embriagados de shoyu, e deposite cuidadosamente sobre o salmão. O resultado será surpreendente.

Abra outra breja, e mais outra. A essa hora, o peixe deve estar ficando bom. Você percebe que ele tá bacana quando a pele fica mais durinha, e a carne do salmão começa a fica mais branca. Como salmão é um peixe que se come cru (favor não confundir, mente suja), não tem muito essa de ponto, não. Olha pra ele, gostou? tira. Ele não fica seco, porque tem um monte de salsa e cebola molhadas em cima dele, e fica gostoso mesmo se você tirar antes da hora.

Na hora de tirar, recomendo uma espátula. Você mete a espátula entre a pele e a carne, elas se soltam facinho, você taca o peixe na tábua, dá um garfo pra cada um e come-se assim, no esquema pia de porco, mesmo.

Dica: o shoyu já tem sal, não seja besta e tira esse ajinomoto daí.

O vídeo da receita feito pelo pessoal do Mesa pra 1 é bem legal, clica aqui que eu não vou dar um embed assim, na cara dura. Já chupinhei a receita deles, uai.

Rendimento: 500g de peixe dá pra umas 2 ou 3 pessoas. Mas recomendo um camarãozinho pra ajudar.
Custo: 500g custaram R$11,00, mas acho que você pode encontrar mais barato, depende muito da sua localização geográfica.
Tempo de preparo: 1 breja na cozinha, 2 ou 3 na churraca. Você vai precisar de mais umas latinhas pra servir feliz.

Drops de Churrasco - Ed. 1

Tamosae com uma nova série neste mal escrito, mal interpretado e, porque não, mal-passado blog. Estamos falando da novíssima seção "Drops de Churrasco".

E antes que o imaginável leitor imagine que o escriba desta porcaria andou experimentando balinhas ilícitas e, entre um elefante de bolinhas e um tapete voador, já se imagina degustando um Halls sabor churrasco, eu acho melhor explicar.

"Drops" é uma expressão de cunho jornalístico, que denomina pequenas informações, que não são exploráveis o suficiente para virarem notícias, e nem desimportantes o suficiente para serem descartadas. Então, os editores costumam agrupar estas informações num boletim, determinado Drops. E aqui comigo eu tenho centenas de pequenas pautas armazenadas, que nem servem pra virarem posts, e nem inúteis o suficiente para me encorajar a apertar o delete.

Sendo assim, nasce esta série. De parto normal, fora do peso ideal e chorando sem levar tapa do médico.

Sem mais delongas, vamos a elas:


Dia desses eu fiz carne de avestruz na churrasqueira, iguaria essa que populava o meu imaginário há tempos. Comprei dois filés de peito, custou uns R$8,00 (R$26,00 o Kg, carinho).
Olha, esquece que ele é um primo grande do frango, porque não tem cara de ave. Quer dizer, tem cara mas não tem gosto de ave. Tem gosto de carne bovina.
O veredito? É bonzinho. Gostoso pra uma carne de ave, porque tem gosto de carne bovina. Mas não é melhor que carne bovina, logo... Se você quer a minha opinião, compre um contra-filé, economize dinheiro e seja feliz.

A Skol tem mandado muito bem na dobradinha cerveja + churrasco, não acham? Já é a quinta ou sexta propaganda que eu vejo deles e a risada é inevitável. Demorou pra desvincular a propaganda de cerveja da gostosona de biquini pra mostrar algo que faça parte da realidade de todos. Não que a gente esteja achando ruim aquele desfile de bundas, mas é que é muito mais fácil você encontrar um amigo dançando lambada de tanga num churrasco do que gostosas com biquini pequeno, cara de safada e vento artificial no cabelo. A gente é fã da gostosa, mas é sempre bom encontrar publicidade inteligente, né?

O caríssimo leitor Carlos Gallo, dia desses me mandou um e-mail. Isso é bem legal, recebo vários e-mails da galera, sempre com coisas interessantes. Dessa vez, era um link do UOL com comemoração dos 61 anos da nossa querida apresentadora matinal, a dona ana maria braga. Um álbum de fotos que, segundo ele, davam pauta pra uns 100 posts. Pois é, logo no primeiro que cliquei, nossa querida anciã inadvertidamente comera uma salada com um verme. E ainda passou por baixo da mesa. Adoramos isso! Adoramos ela! Adoramos ela comendo larva!

E daí que a Glorinha Kalil, aquela que dá dicas de etiqueta no fantástico mandou umas dicas de etiqueta pra um churrasco. O link tá aqui e o tópico no orkut é hilário por si só, mas você nem precisa ler, xá cumigo que eu resumo: No único trecho que meu estômago me permitiu ler, ela sugeriu salada verde, farofa e sobremesa. Oiê, cadê a carne, dona etiquetada? Churrasco é coisa roots, tia. Churrasco a gente come com a mão, tia. Coisa de gente que tem culhão. Etiqueta só serve pra incomodar na cueca, e eu corto todas as minhas com a tesoura. Faz assim, dona Glorinha: não enche o saco alheio e vai pagar R$100,00 por pessoa no fogo de chão, vai.
Saladinha, faça-me o favor.

Tem vários blogs bacanas por aí, que falam não só de churrasco, mas de peripécias gastronômicas masculinas, provando que a gente também esquenta a barriga no fogão. Um dos que eu mais gosto é o Mesa pra 1. É bacana, porque o pessoal deixa a camera ligada enquanto prepara as receitas, toma umas brejas, fala merda... é bem divertido, e um conceito bem diferente do Gato na Grelha, onde eu escrevo muito mais do que deveria pra escrever uma receita. Bom, fiz uma receita deles e será o próximo post no blog. Enquanto isso, visite o site dos caras e veja como faz: Salmão à moda caipira do Mesa pra 1.
[UPDATE]
Escrevi este post ontem, no final da tarde. À noite, o velho Jo entrevistou a dona Palmirinha. Se você está lendo este blog, provavelmente buscou alguma receita no google e acabou caindo aqui. E, se buscou uma receita no google, provavelmente achou o site da Dona Palmirinha.
Pra quem não sabe, a Dona Palmirinha é uma senhora que tem um programa de receitas na televisão. Porém, ao contrário de ooooutra senhora que tem um programa na televisão, eu adoro a Dona Palmirinha. Ela não tenta se mostrar jovial e gostosona, até dá umas furadas no programa dela por conta da idade. Isso é autêntico, isso é dar a cara pra bater, e se a velhinha dá a cara pra bater, a gente bate a gente paga um pau.
A questão é que essa senhorinha roubou a cena ontem. Desculpa ae, seu jo, mas a Dona Palmirinha foi sensacional. A entrevista parecia uma conversa com vovó. Eu me senti assim e você também vai sentir. Além da história de vida dela ser linda, que fez todo mundo ficar emocionado. Incluindo ela, que chorou no programa, e gente que tem a moral de chorar na tv SEM fingir, tem culhão. E, mesmo sendo uma senhorinha, Dona Palmirinha tem culhão que a gente sabe.
Quer receita de verdade, sem enrolação e com muito mais chances de acerto? Vai no site da Dona Palmirinha.


Bom, tamo dropado, fico por aqui. Pautas, dicas, idéias e reclamações, o meu e-mail tá lá no alto.

Mas olha... Fiquei pensando numa coisa. Bem que um Bubbaloo sabor picanha não seria uma má idéia hein!! #fikdik

Receitas de panela: Salmão com batatas

Rapaziada, vou contar uma coisa... esse carnaval foi punk. Ou eu estou ficando velho. Ou as duas coisas: um carnaval punk demais pra um velho como eu.

Resumindo, minha preguiça de pegar trânsito me impediu de viajar neste carnaval, então reunimos os amigos que compartilharam desta preguiça, e uma vez reunidos, chafurdamos na cerveja para não mais sair de dentro dela. Posso dizer que passei o meu carnaval, literalmente submerso no universo cerveja / churrasco.

Tanto que, na quarta-feira de cinzas, eu era apenas um corpo sem alma perambulando pelos cantos, pedindo aos seres das catacumbas que clamassem pela sua vida oferendo a esta alma pútrida uma travessa de salada. Opa, SALADA?????? Ma che??

Tenho que admitir que eu perdi a batalha da quarta-feira de cinzas. Como antes nunca perdera. Acordei, tomei um copo de água, outro, mais outro e mais outro, e não consegui chegar perto da geladeira de cerveja, e muito menos da churrasqueira.

Claro que eu não poderia me entregar à saladinha, mas precisava me alimentar, e carne não ia dar pra comer de novo, não. Precisava de alguma coisa consistente, saudável, gostosa... Mas, que alimento poderia preencher tais requisitos?

Aqui: consistente, saudável, gostosa...

Tá. Levei um ralo da patroa. Fora a Luma, o que poderia ser?

Neste momento, me lembrei do urso marrom. O urso marrom é um cara batuta, malaco lá das ilhas Kodiak (e viva a wikipedia). O bicho passa o dia inteiro com a cara chafurdada no rio à espera do salmão que, mesmo sabendo que o urso vai estar lá, nada rio acima na maior pirambeira, tudo pra sapecar a sardinha na salmoa, encher a água de pequenos filhotes de salmão, e depois morrer. Ou, no caso do encontro com o urso, morrer sem sapecar a sardinha na salmoa. Vida dura, essa de salmão.

Enfim, lembrei do nosso amigo urso, e pensei em chafurdar a cara no rio também. Mas, como moro em São Paulo e os rios por aqui costumam não ser muito bacanas pra se chafurdar a cara, corri até o compre-bem mais próximo da minha casa e voltei com um salmão inteiro e umas batatas.

Adoro comprar peixe inteiro. Só pra assustar o meu filho de 4 anos. Só que dessa vez ele foi esperto, não se assustou, pegou o peixe da minha mão e saiu correndo atrás do cachorro gritando "Buuuu... o peixe vai te pegar!!". Enfim, melhor parar com essa brincadeira, porque deu o maior trabalho recuperar o salmão e a piada não assusta mais ninguém.

Bom, vamos à receita, que dessa vez eu já tou enrolando demais.

O lance é o seguinte, essa receita tá na categoria "Receitas de panela", mas ela não é feita, exatamente, na panela. É feita no forno. Espero que o compreensivo leitor entenda a questão.

O primeiro passo é cuidar das batatas, que depois vão fazer companhia ao salmão dentro do forno. Pra que ela fique bastante macia e gostosa, você deve cozinhá-las. Simples como tirar o peixe de uma criança: Descasque umas 4 batatas, corte cada uma delas em 4 pedaços e bote numa panela com água, e uma quantidade comedida de sal. Enquanto ferve, vamos dar uma atenção ao salmão.

Comprei o peixe inteiro, mas como não sou sushi-man, e não tenho a menor técnica para cortá-lo, peguei uma faca afiada e picotei, de maneira que eu fiquei com 4 grandes pedaços de salmão. Se você for ao mercado e encontrar aquela bandeja com um tecão de salmão, é aquilo. Compre somente a bandeja, ou compre o peixe todo e desmonte ele da maneira que bem entender. Não tire fora a pele do peixe, você vai agradecer pela presença dela mais tarde.

Mexer em peixe cru é meio nojento mesmo, então lave as mãos e abra uma cerveja. Isso vai te fazer bem.

Numa bandeja (ou pirex) grande, jogue uma camadinha de azeite, de maneira que o fundo da bandeja fique coberto com uma fina camada de azeite. Sem ensopar a parada, companheiro. Você está fazendo um prato fino, e não uma sopa oleosa.

Com a pele pra baixo, deposite os pedaços de salmão na bandeja.

O tempero é bem fácil, também. Roube do jardim da sua mãe (ou esposa, ou irmã, ou vizinha) algumas folhas de alecrim. Umas 15 folhinhas já dão um bom agrado. Taque todas num potinho e adicione uma boa golada de azeite. Mais ou menos meia xícara.

Agora jogue lá um pouco de pimenta do reino preta, e sal. Imagine que você vai depositar aquele molho sobre os pedaços de peixe. Então faça as contas para o sal e não deixe o seu salmão ficar parecendo um bacalhau.

Tenho em casa uma pimenta que se chama Pimenta Bode. O nome é terrível e parece uma insanidade jogar algo de bode dentro de uma receita de salmão, mas vai por mim: A pimenta bode não tem nada a ver com o barbicha, e você não vai ficar com uma buchada de salmão no forno. Mas jogue no molho uma bolinha da pimenta, e não picote ela, nem amasse, nada disso. Apenas deixe a pimenta lá que ela faz o trabalho dela.

Voltemos às batatas, que a esta hora, devem estar macias dentro da panela. Espete com um garfo pra conferir. Se estiver macia, desligue o fogo e jogue a água fora. Coloque as batatas na bandeja, viradas pra baixo, de maneira que elas fiquem com a maior superfície possível em contato com o fundo da bandeja.

Agora só falta depositar o molho sobre o peixe. Faça isso. Mas não deixe a pimenta ir junto, você pode jogá-la fora antes. Pimenta é assim mesmo, a gente usa e joga fora mesmo. Sem canalhice, sem remorso, sem coração.

Não precisa espalhar o molho sobre as batatas, apenas sobre o peixe. Quando você colocar no forno, o azeite vai ferver, o tempero vai penetrar no peixe, que vai perder líquidos pra bandeja, que serão absorvidos pela batata. Entendeu?  Sobre as batatas, pode passar uma camada fina de azeite, só pra ter a certeza de que elas ficarão crocantes por fora e macias por dentro (chupa essa manga, mcdonalds!).

Cubra tudo com um papel alumínio e deixe no forno médio por, mais ou menos, umas 4 cervejas. Abra o forno e dê uma olhada no peixe. A carne dele deve estar meio branquela, é um sinal de que ele está ficando assado. Hora de abrir o papel alumínio e deixá-los (os peixes e as batatas) queimarem um pouco por cima. Tome mais umas 3 brejas e retire do forno.

Na hora de servir é fácil, você tira as batatas e põe no prato, tira o peixe e põe no prato. A diferença estará na pele do peixe, que ficou colada na bandeja e vai dar o maior trabalho pra mãe lavar depois. Mas em compensação, o salmão desgruda facinho da pele, e vai inteirinho pro seu prato, sem trabalho e sem desperdício.
UPDATE: A leitora Viviany me alertou, de forma delicadamente ríspida, que eu deveria forrar a bandeja com papel alumínio, assim não deixaria aquela pele de peixe grudada que poderia deixar a sua mãe com muque. Então, faça como ela: forre embaixo da pele do peixe com papel alumínio. Valeu Vivi!
Receita boa pra fazer amigos e influenciar pessoas. Se eu não fosse casado, daria outras dicas a respeito da boa utilização desta iguaria, mas como a patroa lê este blog, prefiro deixar a dica no ar. Pesca quem é bom. Ou quem é urso :-)

Em tempo: Depois de alguma pressão pública, minha prima devolveu a minha máquina, e eu bem que tentei montar um prato bacana pra fotografar. Mas a fome tava grande eu não tenho o menor talento pra decorador de prato. De qualquer maneira, veja com seus próprios olhos.



Rendimento: 1,5kg de salmão deu pra encher 2 buchos, duas vezes e ainda sobrou. Ou seja: rende pacas.
Custo: Acredite, um salmão congelado de 1,5kg custou R$13,90 no compre bem. E nem foi preciso chafurdar a carona na água gelada.
Tempo de preparo: 1 breja na preparação, 6 ou 7 brejas na espera do forno. Sirva feliz.